Skip to main content

Posts

Showing posts from April, 2011

Música: A Galicia canibal de Os resentidos

Galicia Caníbal Con isto da movida haiche moito ye-yé que de noite e de día usa jafas de sol: ¡Fai un sol de carallo! ¡Galicia caníbal! A matanza do porco A matanza do porco.- A berra e un conxunto de berros dun porco cando o van matar. San Martiño oficial de Monforte ó Nepal, o magosto para agosto, safaris do porco, filloas de sangue, Galicia embutida: ¡Fai un sol de carallo!, ¡Galicia caníbal! Etiopía ten fame. Un parado occidental sostén un filete. Un negro deitado, o negro non lle chega, arrastra o bandullo. O parado occidental sostén o filete; o parado altivo, o negro non lle chega. Doa os teus riles: un ril á merenda. Doa os teus riles: outro ril á cea. ¡Fai un sol de carallo!, ¡Galicia caníbal! Um amigo galego me apresentou essa pérola. Claro que é coisa dos anos 80. "Os resentidos" soam para mim como um Titãs menos "certinho", mais relaxado - eu gosto de algumas coisas dos Titãs mas eles às vezes me soam como uma espécie de CDFs do punk. Outra vez, como no c

Sinceramente...

Começo a ler uma entrevista com um cara que escreve um romance baseado na história verídica de um casal que se separa e um dos dois se mata dois anos depois e descreve a coisa toda como "uma história de triunfo do amor"?! Esse cara deve achar que Édipo Rei é uma comédia de costumes e que Bergman é um grande diretor de comediantes… Paro no meio e troco de assunto só para me deparar com a seguinte pérola de um "teórico de literatura brasileira": “Como no Brasil não há apoio ao escritor, nossos grandes autores eram diplomatas”. Bom, tudo bem que de fato João Cabral, Guimarães Rosa e Vinícius de Morais trabalharam para o Itamaraty, mas, sem querer desmerecer as contribuições do serviço diplomático à literatura, os três trabalharam pelo salário que ganharam. Quer dizer que se eu sou escritor e trabalho em algum lugar com outra coisa qualquer, sou um escritor subvencionado? E que papo é esse de “nossos grandes autores”? E José de Alencar, Gonça

Slavoj žižek no El País

Dois trechos dessa entrevista me divertiram e só depois percebi as semelhanças de estrutura: um jogo retórico de paradoxos entre "sério" e "catastrófico" e entre "possível" e "impossível" e "necessários" e "delirantes". Me encanta una anécdota, seguramente apócrifa, de la Primera Guerra Mundial. Un puesto militar alemán escribe un telegrama a sus aliados austriacos: "Aquí la situación es seria, pero no catastrófica". La respuesta dice : "Aquí la situación es catastrófica, pero no seria". […] Me interesan más otras cosas. Por ejemplo, los conceptos de posible e imposible. Hoy cualquiera con dinero puede viajar al espacio, cada mes anuncian descubrimientos contra algún tipo de cáncer, incluso se habla de avances para alcanzar la inmortalidad. Al mismo tiempo, en cada telediario, salen políticos y economistas explicando que no hay dinero para mantener la Seguridad Social. Vivimos una época que promueve lo

Da série rir para não chorar: do quantotempodura

Érico Veríssimo: Começo do conto "A sonata"

Alguns escrevem coisas banais como se estivessem elaborando complexidades sensacionais; Érico Veríssimo escrevia maravilhosamente, disfarçando em modéstia achados interessantíssimos. A história que vou contar não tem a rigor um princípio, um meio e um fim. O Tempo é um rio sem nascentes a correr incessantemente para a Eternidade, mas bem se pode dar que em inesperados trechos de seu curso o nosso barco se afaste da correnteza, derivando para algum braço morto feito de antigas águas ficadas, e só Deus sabe o que então nos poderá acontecer. No entanto, para facilitar a narrativa, vamos supor que tudo tenha começado naquela tarde de abril.

Recordar é viver: 15 anos de Eldorado dos Carajás

Há quinze anos atrás 19 sem-terra foram mortos e 70 ficaram feridos numa ação executada pela PM, ordenada pelo governador e pelo secretário de segurança do Pará. A maioria dos 19 mortos foi fuzilada sumariamente depois do confronto, às vezes com requintes de crueldade. Quinze anos depois os dois comandantes que ensanduicharam os manifestantes numa rodovia onde protestavam, o coronel Mário Pantoja e o major José Maria Pereira aguardam em liberadade o resultado de recurso contra sua condenação a 228 e 154 anos de prisão. Quinze anos depois Paulo Sette Câmara, secretário de segurança que autorizou “usar a força necessária, inclusive atirar”, escreve artigos edificantes com trechos como esse : É possível agir com as armas do bem, através do voto, das manifestações populares pacíficas (como a dos cara-pintadas e das diretas já), ou através da mobilização da mídia. É tempo de advertir os governantes e congressistas que seu múnus público e popularidade são transitórios e que

Sobre discursos, práticas e falsas contradições

Trago dois motes tirados do primeiro discurso de Aécio Neves na Tribuna do Senado: O primeiro: “… por mais que queiram, os partidos não se definem pelo discurso que fazem, nem pelas causas que dizem defender. Um partido se define pelas ações que pratica. Pela forma como responde aos desafios da realidade.” E o segundo: “Hoje, o Brasil não acredita mais no discurso que tenta apontar uma falsa contradição entre responsabilidade administrativa e conquistas sociais. Em 2002, quando criamos a expressão 'choque de gestão' -- e fomos criticados por nossos adversários -- tínhamos como objetivo afirmar que não pode haver avanço social permanente, sem responsabilidade administrativa. Os emblemáticos avanços de Minas Gerais comprovam a tese.” Em nome, suponho, dos avanços sociais e da responsabilidade administrativa dois nomes de peso foram convocados a contribuir: do já nem tão nanico PR [nome adotado pelo PL depois do mensalão com a adesão de gente como o ex-vice-gover

Bem-vinda, Kéthellyn Kévellyn!

Andam reclamando da minha negatividade. Assim sendo, n otícia alvissareira: Márcia Maria, matriarca da família Costa da Silva de Ibiá [Minas Gerais, perto de Araxá], conseguiu registrar sua filha caçula com nome que escolheu. A menina Kéthellyn Kévellyn se junta a seus irmãos Kawan Kayson, Kaych Kayron, Kellyta Kerolayne e Kawane Kayle.

Como se lleva un lunar

COMO SE LLEVA UN LUNAR Álvaro Carrillo Como se lleva un lunar todos podemos una mancha llevar, en este mundo tan profano quien muere limpio no ha sido humano. Si vieras que terrible resulta las gentes demasiado buenas, como no comprenden parece que perdonan pero en el fondo siempre nos condenan. Vuelve conmigo, mi amor, que tus errores no me causan temor pues mucho más que todos ellos vale uno solo de tus cabellos Como eres, así yo te quiero por eso ya ves, que al sentir tu mirada doy espaldas al mundo para adorar tu cara. Pepe Jara interpreta:

Cinema da Minha Terra

A Ovelha Negra / La Oveja Negra

A Ovelha Negra Augusto Monterroso Em um país distante havia há muitos anos atrás uma Ovelha Negra. Foi fusilada. Um século depois, o rebanho arrependido lhe erigiu uma estátua equestre que ficou muito bem no parque. Assim, sucessivamente, cada vez que apareciam ovelhas negras elas eram rapidamente fusiladas para que as futuras gerações de ovelhas comuns pudessem exercitar-se também na escultura. [Original em espanhol: En un lejano país existió hace muchos años una Oveja negra. Fue fusilada. Un siglo después, el rebaño arrepentido le levantó una estatua ecuestre que quedó muy bien en el parque. Así, en lo sucesivo, cada vez que aparecían ovejas negras eran rápidamente pasadas por las armas para que las futuras generaciones de ovejas comunes y corrientes pudieran ejercitarse también en la escultura.]

Aimee Mann e seu manifesto anti-balada açucarada

How am I different I can't do it I can't conceive you're everything you're trying to make me believe cause this show is too well designed too well to be held with only me in mind And how am I different? How am I different? How am I different? I can't do it so move along do you really want to wait until I prove you wrong? And don't tell me-- let me guess I could change it all around if I would just say yes But how am I different? How am I different? How am I different? And just one question before I pack-- when you fuck it up later, do I get my money back? I can't do it and as for you-- can you in good conscience even ask me to Cause what do you care about the great divide as long as you come down on the winner's side And how am I different? How am I different? How am I different? Just one question before I buy when you fuck it up later, do I get my money back?

Cantinflas: Um gênio do "Indioma"