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Showing posts from July, 2014

Poema: "Pequeña oda a un negro boxeador cubano" de Nicolás Guillen, 1931

Pequeña oda a un negro boxeador cubano   Nicolás Guillén Tus guantes puestos en la punta de tu cuerpo de ardilla, y el punch de tu sonrisa. El Norte es fiero y rudo, boxeador. Ese mismo Broadway, 5 que en actitud de vena se desangra para chillar junto a los rings en que tú saltas como un moderno mono elástico, sin el resorte de las sogas. ni los almohadones del clinch; 10 ese mismo Broadway  [119] que unta de asombro su boca de melón ante tus puños explosivos y tus actuales zapatos de charol; ese mismo Broadway, 15 es el que estira su hocico con una enorme lengua húmeda, para lamer glotoname

Outra vez, água

Ilustração minha em cartão de biblioteca descartado Codex Colin Greenwood  /  Jonny Greenwood  /  Ed O'Brien  /  Phil Selway  /  Thom Yorke   Slight of hand Jump off the end Into a clear lake No one around Just dragonflies Flying to the side No one gets hurt You've done nothing wrong Slide your hand Jump off the end The water's clear And innocent The water's clear And innocent O vídeo é uma adaptação de alguém no Youtube e é bem legal, ainda que substitua libélulas [dragonflies] por borboletas monarca. 

Recordar é viver: O Retrato de uma tragédia

Faz tempos que eu fiz este post mas encontrei na animação acima [que vem desse saite incrível ] a ilustração perfeita da tragédia descrita com tanta argúcia por Tocqueville: Em 1831, durante sua longa viagem pelos Estados Unidos, Tocqueville viu os índios Chickasaw e Choctaw, expulsos do estado do Mississippi, atravessando o rio Mississippi  em direção a Oklahoma, uma longa e dolorosa peregrinação conhecida como Trail of Tears [Trilha de Lágrimas]: “Os índios traziam suas famílias consigo; entre eles estavam os feridos, os doentes, crianças recém-nascidas e idosos a ponto de morrer. Eles não tinham barracas nem carroças; apenas algumas provisões e armas. Eu os vi embarcar para atravessar o grande rio, e o que vi nunca vai se apagar da minha memória. Nenhum soluço ou queixa se levantava daquele agrupamento silencioso. Suas aflições vinham de muito tempo e eles as sentiam como irremediáveis.” Segue-se uma reflexão arguta para quem quer realmente compreender a

Poesia minha: Vida em degelo

Vida em degelo uma aresta gigantesca de gelo emerge do fundo ermo do mar rasga com o corpo o ar frio e seco ajusta-se ao seu leito desigual encara o sol da meia-noite indiferente flutua dura e cega aresta de água e sal dissolvendo-se em regresso é só um fantasma banal do nosso longo epílogo lento uma imensa lápide em branco um Titanic às avessas não há nada por trás do seu silêncio além de indiferença por nós