Continuo na minha busca desesperada por leitores. Ainda não apelei para a pornografia, mas resolvi adotar o folhetim em capítulos para competir com as novelas das 5, 6, 7 e 8. Da Globo.
Sheila e Bubú
A cama do fé-da-puta do cachorro ficava na sala e era muito melhor que aquele colchão mofado que era mais um mofão acolchoado onde eu tinha que dormir naquele quartinho que nem armário tinha, que era abafado no verão e frio no inverno, praonde eu tinha que ir e ficar quando não tivesse fazendo algum serviço na casa ou no quintal. “Olha, Sheila, aqui em casa o sistema é assim: parou de trabalhar, terminou o serviço – você pode ir direto já pro seu quarto e se a gente precisar a gente te chama.” E a porcaria do cachorro lá, assistindo televisão enviado nas pernas da patroa, empestando o sofá todo de pelo, com aquele cheiro de cachorro.
E então eu sabia que eles iam me despedir – a empregada da vizinha me disse que eles sempre despediam as empregadas depois de seis meses – e a porcaria do cachorro ainda ficava lá latindo pra mim toda a hora que me via e o nojento do patrão rindo e falando que era assim mesmo, que cachorro não gostava mesmo de preto, que não tinha jeito, que era o cheiro de preto que eles não gostavam e ele rindo e o fé-da-puta latindo ainda mais alto e a patroa toda fresca falando “Vem cá, meu lindo. Vem pro colo da mamãe; cê tá com medo da Sheila, não é meu bubú?”
Seu bubú, tem base? Ela chamava a porcaria do cachorro de Bubú! Mas o Bubú não perdia por esperar – eles foram pro sítio e me deixaram pra tomar conta do cachorro e da casa. Ah, mas eu peguei o Bubú – ele começou a me encher o saco latindo – e passei um arrame velho que eu achei no quarto de despejo em volta da boca dele e o fé-da-puta quis até me morder, mas eu tranquei a boca dele, prendi ele nas pernas e desci o chinelo nele todo sem dó, depois enfiei a cabeça dele e esfreguei aquele focinho nojento na privada e dei uma boa descarga e aí joguei ele longe e ainda meti um pontapé bem forte nele.
Não vou mentir: foi bom demais na hora, mas foi meio-ruim depois também, porque eu sei que foi meio-covardia minha. O cachorro se enfiou debaixo da cama da patroa e de lá não saiu mais e eu peguei meus trens e fui embora daquela porcaria de casa na hora.
Sheila e Bubú
A cama do fé-da-puta do cachorro ficava na sala e era muito melhor que aquele colchão mofado que era mais um mofão acolchoado onde eu tinha que dormir naquele quartinho que nem armário tinha, que era abafado no verão e frio no inverno, praonde eu tinha que ir e ficar quando não tivesse fazendo algum serviço na casa ou no quintal. “Olha, Sheila, aqui em casa o sistema é assim: parou de trabalhar, terminou o serviço – você pode ir direto já pro seu quarto e se a gente precisar a gente te chama.” E a porcaria do cachorro lá, assistindo televisão enviado nas pernas da patroa, empestando o sofá todo de pelo, com aquele cheiro de cachorro.
E então eu sabia que eles iam me despedir – a empregada da vizinha me disse que eles sempre despediam as empregadas depois de seis meses – e a porcaria do cachorro ainda ficava lá latindo pra mim toda a hora que me via e o nojento do patrão rindo e falando que era assim mesmo, que cachorro não gostava mesmo de preto, que não tinha jeito, que era o cheiro de preto que eles não gostavam e ele rindo e o fé-da-puta latindo ainda mais alto e a patroa toda fresca falando “Vem cá, meu lindo. Vem pro colo da mamãe; cê tá com medo da Sheila, não é meu bubú?”
Seu bubú, tem base? Ela chamava a porcaria do cachorro de Bubú! Mas o Bubú não perdia por esperar – eles foram pro sítio e me deixaram pra tomar conta do cachorro e da casa. Ah, mas eu peguei o Bubú – ele começou a me encher o saco latindo – e passei um arrame velho que eu achei no quarto de despejo em volta da boca dele e o fé-da-puta quis até me morder, mas eu tranquei a boca dele, prendi ele nas pernas e desci o chinelo nele todo sem dó, depois enfiei a cabeça dele e esfreguei aquele focinho nojento na privada e dei uma boa descarga e aí joguei ele longe e ainda meti um pontapé bem forte nele.
Não vou mentir: foi bom demais na hora, mas foi meio-ruim depois também, porque eu sei que foi meio-covardia minha. O cachorro se enfiou debaixo da cama da patroa e de lá não saiu mais e eu peguei meus trens e fui embora daquela porcaria de casa na hora.
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