Gabriel Orozco já disse, com uma certa dose de ironia, que "desapontar sempre foi importante no meu trabalho". Hoje em dia, mais do que nunca, sempre se espera de um artista uma obra que deslumbre ou que assuste, “um soco no estômago”, “uma viagem ao sublime”, para usar clichês de críticos de segundo caderno. Pois Gabriel Orozco parece propor o desapontamento como terapia estética: aprender com as suas obras a ser artista enxergando a beleza na experiência concreta, na rua, no dia-a-dia, sozinho.
Uma receita simples para a obra de Orozco exibida neste post:
1. Passear de madrugada por um mercado de feira já vazio na cidade de Cachoeira na Bahia;
2. arranjar uma laranja amassada em cima de cada um dos tabuleiros;
3. tirar uma fotografia;
4. dar um título que se refira aos três pinguços que ficaram rindo e gritando “turista maluco!”
Comments
tiramos fotos, mas as barracas estavam cheias...
Vcs foram ao Inhotim?