Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.
Comments
de todo modo dá pra perceber aquele espírito "todos unidos no mesmo ideal" que me assusta, no meu distanciamento subdesenvolvido.
(entendo que Professor, em inglês, é o equivalente de livre docente ou algo assim. de todo modo, a tradução literal fica engraçada, aplicada ao brasil)
no depto. de cinema, os professores famosos dão aula normal, pra 20 ou 30 pessoas.
na letras, assisti algumas aulas do Bosi c/ umas 40 pessoas.
mas acho que não tem comparação... os professores são acadêmicos, concursados. o fã-clube é restrito.
A verdade é que aqui é mesmo um lugar de excelência e talvez essa imagem de excelência faça com que os alunos se esforcem ao máximo para confirmar suas expectativas. Mas eu gosto de enfatizar mais o trabalho e menos o oba-oba.