Zompantli, 24 x 24" woodcut © 2001 Artemio Rodriguez Elegia à mulher barbada Logo abaixo dos bigodes da mulher barbada, triunfante em sua melhor pose fatal, em postas, os lábios carnudos vendem a boca e a boca rosada dessa nossa fêmea peluda vende em fileiras seus alvos dentes que vendem pasta de dente que, vermelha e radiante na ponta da escova, desce, branca e espumante, alagando, cremosa, a baía escura do estômago (que vende acidulantes e corrosivos artesanais orgânicos, inofensivos desde que se siga estritamente a bula) e que depois sobe, num espasmo, pelo golfo pérsico da garganta em convulsão que, nervosa e relutante por dentro, aqui de fora arqueja ao brilho dos holofotes e nos vende um belo colar, uma jóia que é uma épica em surdina impecável e diamantina, réplica perfeita de um flexível zompantli que pende da penugem espessa da nuca até o poço do umbigo, que, potencial de repente redescoberto, vende um belo pingente dourado do Líbano, q