Republicanos ou democratas propõem 600 bilhões, 700 bilhões, 800 bilhões para salvar Wall Street do desastre em que se meteu a partir do momento em que teve total liberdade para fazer o dinheiro com mais dinheiro, sem produzir nada além de dívidas e consumo. E ai de quem faça qualquer objeção ou reparo. Enquanto isso em New Orleans, três anos depois da barragens se romperem por negligência com a chegada do furacão Katrina… as pessoas continuam morando em barracas, morando em trailers precários ou nem morando [há quem diga que 40% da população da cidade ainda não voltou, e provavelmente não vai votar nunca mais].
Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e
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