Já comentei que minhas leituras são quase sempre guiadas pelas minhas atividades acadêmicas – raramente leio o eu que quero, pelo puro prazer da leitura. Isso não significa que às vezes a gente consiga unir o útil ao agradável. Uma aluna me procurou para ser seu orientador na sua tese de bacahrelado e ela estava interessada em Roberto Bolaño, especialmente em 2666, seu último romance. Eu já conhecia um par de contos de Bolaño que eu achei muito bons e então aceitei na hora. Bolaño está com a bola tão cheia por aqui nos EUA que foi escolhido entre cinco romances para fazer uma lista de 10 livros mais importantes para o NYT. Agora cá estou eu, internado em casa com um bebê recém-nascido depois de uma tempestade de neve e com um mamute de mais de 1000 páginas para ler. Eis um trecho interessante, da página 62:
“… Pelletier y Espinoza se descubrieron generosos aquella noche, y tan generosos se descubrieron que si llegan a estar juntos hubieran salido a celebrarlo, deslumbrados por el resplandorde su propia virtud, un replandor que ciertamente no dura mucho (pues toda virtud, salvo en la brevedad del reconocimiento, carece de resplandor y vive en una caverna oscura rodeada de otros habitants, algunos muy peligrosos)…”
“… Pelletier y Espinoza se descubrieron generosos aquella noche, y tan generosos se descubrieron que si llegan a estar juntos hubieran salido a celebrarlo, deslumbrados por el resplandorde su propia virtud, un replandor que ciertamente no dura mucho (pues toda virtud, salvo en la brevedad del reconocimiento, carece de resplandor y vive en una caverna oscura rodeada de otros habitants, algunos muy peligrosos)…”
Comments
Mesmo que o cara seja bom, prefiro esperar a moda passar. Talvez seja um orgulho bobo de me sentir diferente, mas enfim...