Arnold Asrelsky fez esse comentário preciso da atual situação da academia Americana em sua reação justamente indignada a mais um ataque ao sistema de estabilidade chamado “tenure” no Chronicle of Higher Education:
“Ever since administrators discovered that hiring adjuncts 'works,' they have created a revolution on campuses throughout America where 60-70% of humanities classrooms are taught by peons with absolutely no say in the running of 'their' colleges and universities.
To make anything approaching a living wage, they must seek positions at a number of institutions that treat them all as interchangeable parts. Most have few or no health benefits, nothing approaching job security and the risk, I believe, of breakdown and burnout after years of employment conditions that replicate those of seasonal and migrant workers or the old industrial shape-up.” [http://chronicle.com/article/Rethinking-Tenure-for-the-N/48262/]
Não coloco aqui o comentário inteiro porque o resto dele responde mais especificamente ao texto original e não vale dar destaque a um texto digno da repugnante Revista [In]Veja. O que me chama a atenção é que, sem fóruns de discussão nem debate, o sistema universitário brasileiro, agora dominado por instituições privadas, sonhando com um sistema financiado exclusivamente pela mensalidade dos alunos e pelas benesses de um estado ausente que dá bolsas de estudo nessas instituições privadas e servindo a não mais do que 10% da população brasileira mal e porcamente, está na vanguarda desse processo de embrutecimento global que quer reduzir professores universitários ao mesmo estado de exploração de outras categorias.
Comments
uma pergunta: peon em inglês é o mesmo que peão?
uma observação: me disseram que em outros países da AL (argentina, bolívia) os professores universitários ganham muito menos que no brasil, algo que meus colegas aqui consideram humilhante, mesmo para nossos padrões.