[esse é um post em fragmentos]:
- Escrever sobre artes plásticas é como fazer um quadro ou uma escultura para comentar um romance. Não é impossível, é muito interessante, mas não é nada fácil.
- Visitei uma exposição retrospectiva de Gabriel Orozco. Logo me lembrei de um amigo pintor de São Paulo que, explicando porque não se sentia latino americano, me disse que não havia nenhum pintor mexicano que lhe dissesse alguma coisa, que fosse importante para ele. Como é que você se sentiria se conversasse com um artista angolano que dissesse que não se sentia africano e que nenhum artista africano lhe dizia qualquer coisa de interessante?
- A obra ao lado [Papalotes Negros] foi a que mais gostei na exposição, mas é uma apresentação que convida a uma visão equivocada do trabalho dele. Por quê? Porque as pessoas vão logo achar que... Prefiro não dizer mais nada para não acabar reforçando o que eu não queria dizer sobre ele.
- Trabalhar com objetos encontrados ao acaso, com materiais nada nobres, sem estúdio. Transformar a vida em arte. Mais ou menos assim: uma pedrinha bonita que você encontra no seu quintal, você desenha nela sei lá o quê que a transforma mas sem destrui-la, sem fazer com que ela deixe de ser uma pedrinha. Aí você pega a pedrinha desenhada e põe na sua mesa de trabalho. A arte acabou de invadir a sua vida e você não gastou um tostão.
- Escrever sobre artes plásticas é como fazer um quadro ou uma escultura para comentar um romance. Não é impossível, é muito interessante, mas não é nada fácil.
- Visitei uma exposição retrospectiva de Gabriel Orozco. Logo me lembrei de um amigo pintor de São Paulo que, explicando porque não se sentia latino americano, me disse que não havia nenhum pintor mexicano que lhe dissesse alguma coisa, que fosse importante para ele. Como é que você se sentiria se conversasse com um artista angolano que dissesse que não se sentia africano e que nenhum artista africano lhe dizia qualquer coisa de interessante?
- A obra ao lado [Papalotes Negros] foi a que mais gostei na exposição, mas é uma apresentação que convida a uma visão equivocada do trabalho dele. Por quê? Porque as pessoas vão logo achar que... Prefiro não dizer mais nada para não acabar reforçando o que eu não queria dizer sobre ele.
- Trabalhar com objetos encontrados ao acaso, com materiais nada nobres, sem estúdio. Transformar a vida em arte. Mais ou menos assim: uma pedrinha bonita que você encontra no seu quintal, você desenha nela sei lá o quê que a transforma mas sem destrui-la, sem fazer com que ela deixe de ser uma pedrinha. Aí você pega a pedrinha desenhada e põe na sua mesa de trabalho. A arte acabou de invadir a sua vida e você não gastou um tostão.
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