4. E finalmente [já estou com preguiça dessa série preguiçosa] tenho preguiça de críticos que, muitas vezes partindo de um dado biográfico qualquer, tascam um rótulo vago no trabalho de alguém. Se o autor é mulher o cara já vem logo dizer que é uma escrita “delicada” ou “feminina”.
Esse uso meio descabelado de adjetivos só é pior na música, onde críticos que às vezes mal sabem tocar campainha falam em “harmonias de fundo”, “melodias hipnóticas”, “ritmos alucinantes”, “tambores selvagens”, “guitarras nervosas”, “vocais pungentes” e outras combinações igualmente estrambóticas.
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