Marco Bechis fez um documentário [Il sorriso del capo] sobre os filmes que o regime fascista de Mussolini montou como propaganda do regime. Abaixo, 5 minutos desses filmes. Cá entre nós, fora a mania de sincronizar multidões uniformizadas de mulheres, poderia ser um anúncio da propaganda de qualquer governo ou de qualquer escola. Com isso não estou chamando todo mundo de fascista, mesmo porque um filme de propaganda política pode adotar qualquer tipo de discurso em princípio. Mas a semelhança ainda assim me perturba. Uma retórica triunfante de convencimento?
Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e
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