Eu estava numa vídeo-chamada com um primo querido de Belo Horizonte. Falávamos de arte, de oportunidades para a arte. Verdade seja dita, meus sentimentos estão em câmera lenta. A palavra arte está batendo numa parte de mim que amortece o impacto. Penso sem querer pensar: para que serve a arte em um mundo sem futuro? Para distração de isolados e desesperados? Então não é arte, é entretenimento. Mas haverá outro mundo depois desse que se esvai? Haverá arte?
Entro numa vídeo-conferência, uma reunião de trabalho. Sou sempre a pessoa que escreve as atas e não será diferente dessa vez. Vejo o rosto da minha chefe e tento escutar o que ela está dizendo. De repente, quando dou por mim, percebo que estou numa vídeo-conferência. Vejo o rosto da minha chefe e tento escutar o que ela está dizendo. De repente, quando dou por mim, percebo que estou em uma vídeo conferência. Vejo o rosto da minha chefe e tudo em volta parece rodar. Onde está minha atenção? Sumiu de novo. E voltou. E sumiu. E voltou. Não tenho controle de mim.
Tive um sonho louco essa noite. Não consigo transformá-lo em narrativa de tão doido. Lembro porém, com clareza alucinatória, que acordei ouvindo: - Não se preocupe, Pero Vaz de Caminha está relatando nossa chegada.
R.M.C
Entro numa vídeo-conferência, uma reunião de trabalho. Sou sempre a pessoa que escreve as atas e não será diferente dessa vez. Vejo o rosto da minha chefe e tento escutar o que ela está dizendo. De repente, quando dou por mim, percebo que estou numa vídeo-conferência. Vejo o rosto da minha chefe e tento escutar o que ela está dizendo. De repente, quando dou por mim, percebo que estou em uma vídeo conferência. Vejo o rosto da minha chefe e tudo em volta parece rodar. Onde está minha atenção? Sumiu de novo. E voltou. E sumiu. E voltou. Não tenho controle de mim.
Tive um sonho louco essa noite. Não consigo transformá-lo em narrativa de tão doido. Lembro porém, com clareza alucinatória, que acordei ouvindo: - Não se preocupe, Pero Vaz de Caminha está relatando nossa chegada.
R.M.C
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