Saiu agora uma biografia da filha de Karl Marx, Eleanor, considerada por muitos uma pioneira do feminismo. A resenha indica uma certa tendência a "resolver em excesso" a vida da biografada, um defeito muito comum em biografias em língua inglesa que eu conheço, que tentam explicar tudo que aconteceu na vida de alguém em função de algumas ideias ou eventos importantes, subordinando tudo a eles, como se a vida de uma pessoa tivesse essa coerência lógica aguda que personagens de ficção às vezes têm. No caso da biografada em questão o problema parece agravado ainda mais em se tratando de uma pessoa que cometeu suicídio. A tendência a esse esquematismo transparece não só no livro como resenhado como na própria resenha também. O curioso é que a epígrafe do livro é uma frase da própria Eleanor, que diz o seguinte:
"Is it not wonderful... how rarely we practise all the fine things we preach to others?"
Como se diz na gíria, "you can say that again"...
"Is it not wonderful... how rarely we practise all the fine things we preach to others?"
Como se diz na gíria, "you can say that again"...
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