O trecho é de um texto em que Lima Barreto discute a situação dos pescadores de alto-mar originários de Póvoa em Portugal, que estavam sendo compelidos a naturalizar-se, mas fala de um problema ainda vigente 100 anos depois.
"Seja qual for a emergência, pouco a pouco, não só nos Estados longínquos, até mesmo nos mais adiantados, e no próprio Rio de Janeiro, capital da República, a autoridade mais modesta e mais transitória que seja procura abandonar os meios estabelecidos em lei e recorre à violência, ao chanfalho, ao chicote, ao cano de borracha, à solitária a pão e água, e outros processos torquemadescos e otomanos."
Lima Barreto, "A questão dos Poveiros"
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