Outro exemplo curioso de riddim: o “The Cure / Curefix” feito em cima da
base instrumental de “Close to Me” do The Cure. O riddimguide aponta mais de 10 canções feitas em cima do “The Cure / Curefix” riddim.
Sizzla Kalonji, que mistura o
rastafarismo e o dancehall [gênero em geral não muito dado a religiosidades], usa o Curefix riddim para a canção “Show The Interest”:
Ce’cile faz uma dessas muitas misturas de elogio e
repreensão à vida na marginalidade dos “rude boys” jamaicanos em "Rude Bwoy Thug Life":
O grupo Seeed [na Alemanha o dancehall também é muito forte] faz
uma dessas músicas de festa viva-a-vida-vamos-dançar chamada “Release”:
A música popular, mesmo antes da indústria cultural, funcionava na base desse incessante retrabalhar de temas e motivos reconhecíveis, misturando repetição e inovação, alheio ao conceito de propriedade privada intelectual. Não, eu não sou nenhum defensor romântico do plágio, alguém que abusa daquele sofismo besta de achar que porque tudo é plágio e portanto nada é realmente plágio. De jeito nenhum. Mas esse tipo de circulação de elementos como riffs ou sequências de acordes ou padrões rítmicos faz parte da música popular desde sempre.
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