Continuo na minha busca desesperada por leitores. Ainda não apelei para a pornografia, mas resolvi adotar o folhetim em capítulos para competir com as novelas das 5, 6, 7 e 8. Da Globo. Sheila e Bubú A cama do fé-da-puta do cachorro ficava na sala e era muito melhor que aquele colchão mofado que era mais um mofão acolchoado onde eu tinha que dormir naquele quartinho que nem armário tinha, que era abafado no verão e frio no inverno, praonde eu tinha que ir e ficar quando não tivesse fazendo algum serviço na casa ou no quintal. “Olha, Sheila, aqui em casa o sistema é assim: parou de trabalhar, terminou o serviço – você pode ir direto já pro seu quarto e se a gente precisar a gente te chama.” E a porcaria do cachorro lá, assistindo televisão enviado nas pernas da patroa, empestando o sofá todo de pelo, com aquele cheiro de cachorro. E então eu sabia que eles iam me despedir – a empregada da vizinha me disse que eles sempre despediam as empregadas depois de seis meses – e a porcaria do cac...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.