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Showing posts from July, 2019

Benito Juárez no privado e na vida pública

Em 1819 Benito Juárez, índio zapoteca, orfão ainda na infância, chega com 12 anos à casa dos Maza Parada, onde sua irmã Josefa trabalha como empregada doméstica. Sete anos depois, em 1826 nasce Margarita Eustaquia, adotada pelos donos da casa. Em 1843, Juárez tornou-se um advogado prominente e militante do Partido liberal quando se casa com Margarita, que tinha então 17. Juárez tinha de 37 anos e já tinha vivido com Juana Rosa Chagoya, com quem teve dois filhos. Com Margarita Benito teve 12 filhos, 5 deles falecidos ainda antes dos 7 anos de idade. 9 anos depois do casamento ele defende publicamente a necessidade de oferecer educação às mulheres em nome do bem comum: “Formar a la mujer con todas las recomendaciones que exige su necesaria y elevada mission, es formar el germen fecundo de regeneración, mejora social. Por esto es que su educación jamás debe descuidarse.” Congreso de Oaxaca, 1852 Uma carreira meteórica levaria Juárez à presidência do México.

Poesia minha: um soneto

--> Foi um tempo cabuloso aquele Em que vivemos em Belo Horizonte E sempre havia alguém querendo Mutilar os nossos brinquedos. Hoje finalmente envelhecemos E a cidade inteira se espanta Com ondas de suicídios, acidentes Escabrosos, assassinatos fúteis E tantos deprimidos, ansiosos e dementes Perambulando sem saber dos fantasmas Daquele tempo que ninguém quer lembrar Que vivem sufocando debaixo do asfalto suportando toneladas de concreto armado E – com razão – nos querem muito mal. Arte: Leticia Galizzi

Leituras da semana - Bello

Leituras da Semana 1. Ando lendo muito Andrés Bello e lendo bastante sobre ele também. Junto com as leituras que ando fazendo de e sobre José Bonifácio de Andrada, ando vivendo no começo do século XIX por esses dias. Tendo vivido o mundo colonial, as independências e depois a dura luta pela consolidação dos novos países latino-americanos, Andrés Bello talvez seja o intelectual mais importante da época. Era um conservador, como Bonifácio. Se não foi protagonista de qualquer independência (trabalhou no serviço diplomático de Venezuela, Colômbia e Chile), teve longa carreira no governo do Chile, onde morreu consagrado como patrono da universidade e senador da república. Acreditava que a ordem era o aspecto mais importante para a consolidação dos estados nacionais e a paz na América Latina. E a ordem para ele só poderia vir com um governo forte e centralizador – capaz de atuar sem muita interferência do legislativo ou mesmo do judiciário. Simpatizava com a monarqu