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Showing posts from 2017

Poesia minha: "The Human Force"

Notas para livros impossíveis & Cartões de Biblioteca

Arte Minha: Cartão da Biblioteca 1  1. Nenhum tipo de ciência ou tecnologia é em si progressista ou reacionário. Posto a serviço do Capital, qualquer tipo de ciência ou tecnologia, apesar de si mesma, produz alienação e a instrumentalização das pessoas, porque trabalha para o aumento da eficiência [que é um eufemismo para aumento do lucro].  Cabe aqui uma breve nota, curta e grossa, sobre eufemismos como Eficiência no lugar de Lucratividade ou Agronegócio para latifúndio de monocultura de exportação ou Mercado no lugar de Capital . Capitalismo = Pirataria + Relações Públicas.   Arte Minha: Cartão da Biblioteca 2 2. A alienação nasce da exploração e da divisão do trabalho. A instrumentalização é resultado de tratarmos pessoas como objetos [que podem ser vistos como “ferramentas” ou “obstáculos”]. Alienação e instrumentalização existem em função dessa sede inesgotável de lucratividade que é base fundamental do Capitalismo. O ser humano talvez seja capaz de criatividade

Cinema e música brasileira e a incansável celebração nacionalista

O diretor pernambucano Lírio Ferreira fez dois documentários sobre música que se complementam muito bem: o mais conhecido deles,  Cartola, música para os olhos,  e O homem que engarrafava nuvens sobre Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga.  O primeiro não é apenas a história da vida de Cartola, mas também sobre a história do samba de morro do Rio de Janeiro, sua ascensão de música da patuleia mais desclassificada da cidade até produto da nascente indústria de massa até arte reconhecida como tal e ainda por cima expressão da nacionalidade e produto de exportação/fonte de orgulho.  E o segundo não é apenas a história de Humberto Teixeira, mas também a história da invenção do nordeste musical na indústria cultural e a sua afirmação no Brasil como um todo a partir do sucesso de Luiz Gonzaga e depois com a chegada de uma série de músicos com formação universitária [mas não em música, diga-se de passagem] que vão fazer com essa música o mesmo que fizeram com o samba: de música da

Quatro versões do batido de Percepção, Cognição e Expressão que me atormenta hoje em dia

Joaquim Nabuco I. "Há duas espécies de movimento em política: um, de que fazemos parte supondo estar parados, como o movimento da Terra que não sentimos; outro, o movimento que parte de nós mesmos. Na política são poucos os que têm consciência do primeiro, no entanto, esse é, talvez, o único que não  é uma pura agitação". Joaquim Nabuco Que momento inspirado do Nabuco, mais pela conjunção sutil de imagens sobre movimento e ponto de vista em escalas diferentes do que por aquela velha obsessão que nos persegue desde as estepes, que é separar o joio [pura agitação] do trigo [movimento de vera]. A frase em si me faz pensar na diferença que Germain Bazin fazia no relacionamento das formas entre simetrias estáticas e coreografias móveis. A coreografia de palavras nesse Nabuco aí em cima tem a ver com a tentativa de entender [e expressar] com palavras um movimento duplo também eminentemente coreográfico: um movimento acontece continuamente e numa escala muito m