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Poesia: 31 Caminhos de Hilda Hilst

"O sinuoso caminho que persigo: um desejo Sem dono, um adorar-te vívido mas livre." "Há o caminhar um descaminho, um arrastar-se Em direção aos ventos, aos açoites E um único extraordinário turbilhão." "Passeio meu caminho de pedra, leite e pêlo." "Como se o sol e o rosto caminhassem Porque vinha de um a luz do outro." "De grossos muros, de folhas machucadas É que caminham as gentes pelas ruas." "Perco meu passo nos caminhos de terra E de Dionísio sigo a carne, a ebriedade." "Caminho junto às cercas, cuidadosa Na tarde de queimadas, tarde cega." "Vou caminhando tuas costas." "Que caminhadas! Que sangramento de passos!" "Sou muito pálida Porque muito caminhei Nas escurezas, no vício De perseguir uns falares teus indícios." "Vida da minha alma: Recaminhei casas e paisagens Buscando-me a mim, minha tua cara." ...

Hilda Hilst arrebentando tudo entre bonecas, raparigas, moças, mademoiselles

Bellmer, "Boneca" Trajetória Poética do Ser - Passeio Hilda Hilst 1 Não haverá um equívoco em tudo isso? O que será em verdade transparência Se a matéria que vê, é opacidade? Nesta manhã sou e não sou minha paisagem Terra e claridade se confundem E o que me vê Não sabe de si mesmo a sua imagem. E me sabendo quilha castigada de partidas Não quis meu canto em leveza e brando Mas para o vosso ouvido o verso breve Persistirá cantando. Leve, é o que diz a boca diminuta e douta. Serão leves as límpidas paredes Onde descansareis vosso caminho? Terra, tua leveza em minha mão. Um aroma te suspende e vens a mim Numas manhãs à procura de águas. E ainda revestida de vaidades, te sei. Eu mesma, sendo argila escolhida Revesti de sombra a minha verdade. Cartier Bresson, "Calle Cuauhtemoctzin" “Tocaram-me sim, meu pai tu me tocaste, a ponta dos dedos sobre as linhas da mão,_ o dedo médio sobre a linh...