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Showing posts from December, 2016

Poesia minha: Águas de Belo Horizonte

Águas de Belo Horizonte Quiero volver a tierras niñas; llévenme a un blando país de aguas. Gabriela Mistral   nascem limpas as cabeceiras do Barreiro o Olaria e o Clemente que depois jazem imundos no túmulo do Arrudas brotam doces o Jatobá o Olhos D’Água e o Água Branca que depois escorrem podres da boca do Arrudas     o Cercadinho e o Tijuco chegam frescos ao mundo e despencam depois moribundos pelas barrancas do Arrudas o Leitão e o Pastinho saem da terra cristalinos e depois se entrevam adoecidos no leito do Arrudas minam puros da encosta o Cercadinho o Cardoso e o Serra que dos tubos solapados vazam mortos para o ventre duro do Arrudas vertem água cristalina o Itaituba o Taquaril o Cafundó e o Olaria e escoam a fragrante bílis negra da vesícula cancerosa do Arrudas. o Britos e até o Acaba Mundo são paridos água aguda branda e adamantina que é então assassinada a sangue frio nos intestinos dessa áspera

Pindorama copia com sinal invertido

1. Em 1987 um grupo de militares argentinos balançaram o governo Alfonsín logo depois do retorno à democracia com motins armados contra qualquer iniciativa de investigar os crimes do regime militar. O nome desses militares, por causa da tinta preta de camuflagem no rosto: caras pintadas, devidamente indultados por Carlos Menen quando este chegou ao poder. No Brasil em 1992 muitos estudantes universitários e secudnaristas saíram às ruas para pedir pelo impeachment do presidente neo-liberal Fernando Collor, o Menen brasileiro. Nos protestos os estudantes costumavam pintar o rosto com as cores da bandeira brasileira e ficaram conhecidos como caras pintadas. 2. Em 2001 uma violenta convulsão econômica destrói economicamente a Argentina depois de muitos anos de abusos neo-liberais na Argentina sob o comando de Menen, aquele equivalente de Collor que ficou dez anos no poder e assim também foi uma espécie de FHC cafona para os argentinos. Eleito com promessas de reverter Menen, De la

Entre a pauta estridente e o ostracismo às moscas

1. Hoje mais do que nunca valorizo uma das grandes lições que aprendi da minha orientadora Candace Waid [até hoje um modelo para mim de inteligência, criatividade e humanidade nessa casa de loucos que é o meio universitário]. Quando eu discutia com ela sobre certos textos de crítica que eu achava péssimos, ela me recomendou que eu escolhesse com muito cuidado os textos com os quais eu iria me engajar criticamente, para não acabar sendo pautado por ideias desinteressantes. Acho que o conselho valeu para muita coisa, e hoje vale para uma coisa que mal existia quando ele me foi dado. 2. As redes sociais ocuparam, na minha pelo menos, todo espaço antes dedicado a jornais e televisão [é sempre bom ter isso em mente para evitar pessimismos exagerados] e elas fazem uma demanda constante aos usuários por opinião e por controvérsia. Somos instados a dar opinião sobre projetos de áreas como agricultura familiar ou ensino de ioga, investigações ou processos judiciais complexos, conflitos étnico

Ronald de Carvalho e os Estados Unidos

Poesia Mexicana [em fúria]: Efraín Huerta

¡Mi país, oh mi país! Efraín Huerta Descenderá al sepulcro vuestra soberbia. Y echados seréis de él como troncos abominables, vestidos de muertos pasados a cuchillo,   que descendieron al fondo de la sepultura. Y no seréis contados con ellos en la sepultura: porque destruisteis vuestra tierra, y arrasasteis vuestro pueblo. No será nombrada para siempre la simiente de los malignos. Libro del profeta Isaías Ardiente, amado, hambriento, desolado, bello como la dura, la sagrada blasfemia; país de oro y limosna, país y paraíso, país-infierno, país de policías. Largo río de llanto, ancha mar dolorosa, república de ángeles, patria perdida. País mío, nuestro, de todos y de nadie. Adoro tu miseria de templo demolido y la montaña de silencio que te mata. Veo correr noches, morir los días, agonizar las tardes. Morirse todo de terror y de angustia. Porque ha vuelto a correr la sangre de los buenos y las cárceles y las prisiones militares son para