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Showing posts with the label Viva La Mídia Loca

Novos [velhos] tempos

 A pior face do conglomerado homogeneizador Netflix é, de longe, os documentários produzidos e/ou promovidos pela plataforma. São quase todos sensacionalistas, esteticamente e epistemologicamente obsoletos. Eles reproduzem o pior da TV a cabo. De um lado, documentários que pretendem "dizer a verdade" sobre "casos" notórios: Flodelis, João de Deus, a mulher que esquartejou o marido, a filha que matou os pais, etc. Do outro lado, documentários que pretendem "dizer a verdade" sobre assuntos "científicos", principalmente de saúde: "curas" para o autismo ou o câncer, "verdades" sobre o funcionamento do cérebro humano etc.  O curioso é que, quando o Netflix entrou no mercado dos EUA, não era como uma plataforma, mas como uma espécie de videolocadora online. Sem a exigência de ter lojas físicas [os DVDs eram enviados pelo correio já com um envelope pronto para o retorno pelo mesmo correio], o acervo era muitíssimo maior do que qualqu...

Narcisismo e Morte nas Redes Sociais

 Num jornal vejo uma "notícia" sobre uma celebridade que posta numa rede social fotos do seu cachorro de estimação morrendo no seu colo. Tenho um instintivo sentimento de asco. Depois penso em como usar o amor para aparecer online e mendigar cliques nas redes sociais é algo bem comum e efetivo. O que aconteceu é que a morte é um momento extremo e fica transparente a exploração da vida pessoal dos outros em nome de fama e, possivelmente, dinheiro.  Parece algo como vender roupas ou "fazer contatos" no meio do enterro do seu melhor amigo.  Essa "notícia", como expliquei, é uma versão grotesca de algo bastante comum nas redes sociais. O incomodo voltou com força hoje na minha bolha com a morte de Heloísa Teixeira (que publicou grande parte da obra com o nome de Heloísa Buarque de Holanda e era filha de Afrânio Coutinho). Multiplicam-se em vários perfis "homenagens" que, na verdade, buscam ostentar intimidade com uma pessoa famosa com o mesmo objetiv...

Minhas Leituras: Dodie Bellamy

 Em um ensaio do livro Bee Reaved  [que eu li março do ano passado], a escritora Dodie Bellamy faz uma advertência importante para qualquer escritor brasileiro no século XXI: "Se eu fingir que o que eu escrevo se posiciona fora do vexame que é os Estados Unidos, que o meu ego-id-superego não é impulsionado por esse vexame, eu não estou apenas mentindo para os meus leitores, eu estou mentindo para mim mesmo." [19-20] As redes sociais exercem uma pressão constante para que nos coloquemos nesse lugar supostamente superior, além e portanto fora, daquilo que criticamos. Isso acontece porque as redes sociais nos requisitam a fazer o papel de juízes de tudo e de todos, necessariamente gostando ou desgostando de tudo. Essa postura narcisista em si mesma já é muito ruim para a inteligência de qualquer pessoa, mas é particularmente ruim para um escritor. No mínimo deveríamos, por exemplo, ao fazer análises sobre o que é ou deixa ser o Brasil, usar a primeira pessoa do plural. Nossas fa...

Lista de 10 coisas que enchem o meu saco e passam desapercebido [eu acho]:

1. A forma como jornais na TV e no rádio fabricam um português pseudo-culto [que eu chamaria de "português curto"], e a maneira como esse monstrengo cheio de clichês, empréstimos inúteis do inglês, erros de concordância se espalha entre a gente que consome esse jornalismo, gente que geralmente se acham o supra-sumo do mundo - cem mil vezes QUALQUER outro português; 2.  A maneira como certas pessoas acham que eventos como o Oscar ou o Nobel tratam de qualidades artísticas e realmente escolhem os melhores do "mundo" [que mundo?]; 3. Os periódicos lamentos por uma suposta perda de qualidade da cultura em geral ou na música popular em particular, e a expectativa de que os meios de comunicação de massa funcionassem de acordo com critérios estéticos como guias iluminadores das massas; 4. A maneira como professores em geral são achincalhados e desvalorizados pelo governo, pela polícia, pelos pais, pelos administradores e pelos alunos enquanto algumas pessoas ficam fazendo ...

Lista para os Russófobos

Para derrotar o novo império do mal, por favor, não deixe de cancelar Dostoyevsky, vodka e a cerveja kaiser; Tolstoi, solos de balalaika, Renato Russo e Lenine; Nabokov, caviar, Engov e coquetel molotov; Kasparov, Karpov e, pelo seu assistente de palco, Chacrinha, Xuxa e sua filha Sasha e o Faustão; Bolshoi, Nijinsky, Baryshnikov e estrogonofe; Pushkin, Mayakovsky e todas as montanhas russas; Pasternak, Soljenítsin, Sákharov e o Lada ; Eisenstein, Tarkovsky e o molho tártaro; Turgueniev, Chekov, Gagárin e o Sputnik; Os cossacos, os kalashnikov e a roleta russa; Gogol, Brodsky e Elke Maravilha.

Diário da Babilônia - O mundo Country

 

Duas coisinhas só

 Acho triste a forma como tantas pessoas transformam qualquer assunto político numa briga de torcedores de futebol. A coisa fica ainda mais triste quando se trata de geopolítica no momento em a Rússia invade a Ucrânia. Vejo pessoas "torcendo" entusiasmadamente por um dos dois lados, como se não estivesse a vida de milhares de pessoas comuns que não tiveram escolha. Os lados deste conflito são muito complexos. Não quero nem contribuir para essa gritaria com mais uma interpretação - prefiro escutar pessoas mais bem informadas e preparadas do que eu. Infelizmente as vozes mais escutadas são as de pessoas que não tem preparo nem informações para falar sobre o assunto e preferem simplificações grotescas.  Só tenho duas coisinhas a dizer, aqui nesse canto mais sossegado, entre amigos.  Estou completamente de acordo com o direito de autodeterminação dos povos. Os eventuais problemas da Ucrânia, seja lá quais forem, são coisas para serem resolvidas entre eles. Isso involve até me...

O que o barranco destruiu com a ajuda de governos omissos

Chamar de fatalidade ou de acidente a queda do barranco em Ouro Preto neste janeiro é muito enganoso. O barranco que destruiu o solar Baeta Neves estava condenado há pelo menos dez anos e ninguém fez nada para contê-lo. Só interditaram a ocupação do imóvel - e já é extraordinário que o tenham feito - e sentaram esperando pelo que acabou acontecendo.  O Brasil não tem desastres naturais como terremotos, tsunamis ou furacões como tantos outros lugares do mundo. Essas chuvas intensas são o normal em Minas Gerais todos os anos do período de dezembro e janeiro. O patrimônio de Ouro Preto sofreu essa perda por culpa de omissão dos governos. Não sei quem tem mais culpa, se o municipal, o estadual ou o federal. Espero que algum jornalista investigue, mas não sei se vai interessar a algum jornal apontar responsabilidades. Talvez baste a audiência com a filmagem impressionante do barranco devorando as casas em tempo real.  As fotos são do acervo pessoal do meu irmão Pedro da Luz Moreira...

O Paradigma da Honestidade é um Império da Lavagem de Dinheiro e da Sonegação de Impostos

 Delaware é o segundo menor estado dos Estados Unidos. Com uma população de 960.000 pessoas, Delaware tem 1.3 milhão de corporações. Praticamente a metade das corporações estadunidenses tem sede registrada lá. 68% das 500 maiores empresas. Como a questão das leis corporativas é estadual, Delaware não cobra imposto de renda das empresas que, apesar de instaladas por lá, não tem negócios no estado. Escândalos mundiais envolvendo bilhões de dólares, da Malasia ao Equador e Rússia contam com a participação de corporações do estado, ajudando picaretas de todos os tipos, da Goldman Sachs até a Odebrecht. As autoridades financeiras do Brasil decidiram que qualquer corporação financeira listada em Delaware está na sua lista negra, tal a má fama do estado. Já a especialidade da Dakota do Norte, com seus 760.000 habitantes, é outra. Lá os juros são liberados e as empresas de cartões de crédito operam de lá, depenando seus clientes que se endividam com taxas escorchantes. Além de abolir o con...

Amor e Arte

Era uma vez um músico tímido, um saxofonista chamado Paul Desmond, que amava em silêncio e à distância a atriz Audrey Hepburn. Em 1954, todas as noites ele pedia ao pianista do grupo, Dave Brubeck, para chamar um intervalo no mesma horário. Discretamente ele saía do clube atravessava a rua para assistir à distância Audrey saindo do teatro onde ela então se apresentava. Naquele ano ele escreveu uma música chamada "Audrey". Desmond morreu solteiro, de câncer, mais de vinte anos depois, em 1977, sem nunca ter encontrado pessoalmente Audrey Hepburn. Quase quarenta anos depois, em 1993, o ex-marido de Audrey Hepburn telefonou para Brubeck para pedir ao seu quarteto para tocar "Audrey" no velório da atriz. Ele disse a Brubeck que a atriz ouvia a faixa todas as noites antes de dormir. O cartunista Paul Rogers leu a história na biografia de Paulo Desmond escrita por Doug Ramsey. De Desmond para Audrey para Andrea Dotti (o marido) para Brubeck para Ramsey para Rogers para mi...

O Nobel entre Saramago e Octavio Paz

 José Saramago tinha uma personalidade agressiva, um temperamento afeito ao confronto. Isso aparecia mais claramente nas entrevistas, nas quais Saramago nunca se importava de dizer coisas que pudessem ser consideradas desagradáveis pelo interlocutor. Isso podia dar na expressão de coisas que eram para ele verdades: a crítica à Igreja Católica de Ratzinger e a afirmação da sua crença na revolução comunista. Mas também podia dar em ideias meio esdrúxulas como uma nova união ibérica com a Espanha defendida como benéfica a Portugal em particular. Na sua ficção - que pelo para mim é o que realmente importa - me parece -  não sou especialista na obra dele - Saramago usava esse temperamento agressivo a favor de uma escrita sutil mas bem comunicativa e de posições políticas que não estavam ligadas ao noticiário recente.  Octavio Paz é para mim o oposto de José Saramago: sempre elegante ao ponto de parecer um sofista, sempre se esquivando da sua cumplicidade com o poder, sempre di...

Notícias das profundezas do tuíto

 1. Para quem vive o Fla-Flu diário lá no tuíto: o buraco, meus amigos, é muitíssimo mais embaixo. Para quem não conhece: sem uma boa dose de objetividade e cuidado por parte do usuário uma excelente forma de se informar pode acabar reduzida a um bate-boca interminável e inútil. 2. Desejar e celebrar porradas da polícia, chuvas de gás de pimenta, prisões arbitrárias, estupros na cela da prisão, espancamentos e tiros "na cabecinha" dos adversários vai além de defender o uso da violência como arma política. É descer lá nas profundezas de onde veio o atual presidente da república no Brasil. É ser, no século XXI, uma expressão típica do sadismo que a sociedade escravista nos legou e que a ditadura nos relegou. Não importa o alvo. Ou melhor, o alvo importa porque ajuda a entender melhor as obsessões do autoritarismo brasileiro.  3. As rivalidades no futebol servem exatamente para isso: exacerbar seus desejos obscuros de violência num ambiente de ritual simbólico intenso. Claro que...

Entre a foto e o retrato pintado

 O contraste entre a foto do velho Machado de Assis em 1905 e o retrato feito com base nela pelo pintor Henrique Bernardelli é incontestável. O homem da foto e o retrato pintado têm cores diferentes; um é negro e o outro, nem sequer mulato. Bernardelli, assim como Nabuco no seu famoso comentário sobre o homem da Grécia que Machado de Assis seria e no quão desmerecedor seria chamar atenção para a sua condição racial, considerava esse embranquecimento talvez como uma homenagem a um homem que, admirado e até venerado àquela altura, deveria estar supostamente acima da sua origem racial. O racismo brasileiro tem muitas faces e essa é apenas uma delas. Talvez seja a mais insidiosa, porque é revestida de supostas boas intenções. Deveríamos estar discutindo-o seriamente porque é fácil repudiar a face grotesca do racismo, mas essa sua face pretensamente benévola e gentil é igualmente destrutora.  O Brasil que reconhecemos culturalmente hoje simplesmente não existiria sem Gonçalves Dias...

Estamos aqui porque vocês estão lá

40% dos 15 milhões de guatemaltecos falam muito pouco ou nada de espanhol. Quando confrontados em espanhol, os falantes de mam, uma das línguas mayas da Guatemala e do sul do México, tendem a responder com um tímido "sí". Duas dessas línguas (K'iche' e Q'anjob'al) estão entre as 25 línguas mais usadas nas cortes de imigração dos Estados Unidos. O português é a oitava delas. Em 1954 a CIA inaugurou na Guatemala a promoção de uma série de golpes militares na América Latina. Como sempre a geopolítica intervencionista do Império tem uma superfície e um fundo. Na superfície a justificativa era a luta contra o comunismo internacional [como hoje é o terrorismo internacional]; no fundo a justificativa era [e é] a proteção e promoção dos interesses econômicos dos Estados Unidos.  No caso da Guatemala em 1954, os latifúndios da multinacional estadounidense United Fruit se sentiam ameaçados por uma possível reforma agrária no país. A partir daí a oposição nacionalista de...

"O que é que falta acontecer?"

 Uma constante nesses dias tenebrosos: saber de alguma notícia nova do Brasil e pensar "o que é que falta acontecer?" Os absurdos vão acontecendo, as reações absurdas vão aparecendo, mas parece que o barco continua seguindo em frente. A última é que pela primeira vez morreram mais brasileiros do que nasceram num mesmo dia. Os mortos são chamados de "leite derramado". O leite continua sendo derramado aos borbotões. "O que é que falta acontecer?"  Aqui, na vidinha pessoal, que transcorre também com seus momentos tenebrosos, recebo mensagem da universidade onde reina, como de hábito, a truculência no trato com os estrangeiros que trabalham com vistos. A mensagem me refere a declarações do governo dos Estados Unidos que impõem restrições severas para viagens a certas partes da Europa e especifica África do Sul, Inglaterra e Brasil por causa de novas cepas do Covid-19 nesses países. Aparentemente vou passar três anos sem ir ao Brasil.  Perto da mortandade inacr...

Notas para sair do fim do mundo

 1. Sérgio Moro é uma pessoa muito despreparada. Isso ficou transparente no período em que ele serviu como ministro da justiça. Ele e os procuradores da Lava-Jato não estavam à altura do desafio de combater a tal corrupção no estado. Ficou transparente também o conservadorismo dele, bastante autoritário, bem brasileiro.  2. Paulo Guedes é uma pessoa completamente despreparada para trabalhar na administração pública e é assessorado por pessoas como ele, habituados a trabalhar no mercado de especulação financeira. Seus princípios são péssimos, cruéis porque completamente alheios ao fato de que o Brasil tem uma imensa população que vive na pobreza há gerações.  3. Luciano Huck como político é uma piada. Apresentador de programa de TV de variedades que vai de moças quase peladas rebolando a exploração descarada da miséria alheia. Ele está no mesmo nível de figuras como Gugu Liberato e Sílvio Santos. 4. Pessoas como Moro, Huck e Guedes representam o que há de pior no Brasil: u...

Sobre o que está acontecendo no Brasil

Acho que não é preciso repetir o que tanta gente está dizendo. Melhor reproduzir uma das falas que eu acho que resume tudo o que eu penso e ainda tem a vantagem de vir de uma pessoa com um certo distanciamento emocional que eu, obviamente, não tenho. Miguel de Sousa Tavares é um jornalista que eu só conhecia por opiniões a respeito de polêmicas sobre fumantes e touradas, polêmicas sobre as quais, sinceramente, não tenho muito interesse e acho mais complicadas do que parecem nas exposições dele e de seus adversários de debate. Dessa fala aqui, não discordo em nada:    <blockquote class= O escritor português Miguel de Souza Tavares fala sobre a situação do Brasil. https://t.co/pNGTJZNuFf — Renata Lins (@repimlins) March 6, 2021

Coisas que eu vou ter que ler e ouvir pelo resto da vida

1. Rui Barbosa não queimou arquivos sobre a escravidão no Brasil para apagar a memória sobre a instituição. Ele de fato mandou queimar arquivos, mas para acabar com a pressão de ex-escravistas que queriam ser ressarcidos pelas suas "perdas" com a abolição. 2. O homem cordial de Raízes do Brasil  não é um sujeito gentil e bonzinho. A coisa mais interessante desse primeira obra de Sergio Buarque de Holanda é que ela não é nem ufanista nem apocalíptica.   3. Se Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e Clarice Lispector são Modernistas (no sentido extra-ambíguo que a palavra tem no português, pelo menos no Brasil), então Machado de Assis, Cruz e Souza e Lima Barreto também o são.  4. Os corruptos em geral não vão para a cadeia nos EUA e, se vão, não esquentam o assento muito tempo por lá. O sistema político é profundamente corrompido pelo dinheiro que financia todas as campanhas políticas aqui.   5. Toda obra literária de excelência é, ao mesmo tempo, profundamen...

Viva la mídia loca: feice

Tarefa: garimpar FCBK. Um indivíduo começa chamando Biden de "bidê" e o chamando de comunista - passo correndo para frente. Vejo umas coisas interessantes que compartilho na página de português da minha universidade. Duas pessoas começam um diálogo de surdos porque uma delas disse que os animais não eram irracionais - vamos em frente. Vejo mais umas coisas interessantes que compartilho na página de português da minha universidade. Alguém chamado João Guimarães Rosa anuncia 19 poemas de Guimarães Rosa do "Ave, Palavra!". Como é que o próprio volta do mundo dos mortos desconhecendo que seu próprio livro "Ave, Palavra!" era de crônicas? Fico com preguiça de investigar o mistério e sigo em frente. Vejo mais umas coisas interessantes que compartilho na página de português da minha universidade. Fim da tarefa. 

Doze notas breves sobre o pesadelo do fascismo nos Estados Unidos

1. "Stop the Steal" (Parem o Assalto) slogan criado por Trump para protestar contra sua derrota eleitoral, que teria sido fraudulenta. Mais da metade dos deputados do partido republicano se comprometeram formalmente com a tese quando deram assinaturas de apoio ao processo levantado pela procuradoria do Texas para anular mais de 20 milhões de votos nos estados em que Biden surpreendeu e ganhou de Trump. Um deles, Louie Gohmert, do Texas, afirmou na televisão depois de ser anunciada o anulação daquele processo que os "patriotas" "agora têm que ir para a rua e ser tão violentos quando os Antifa e o Black Lives Matter". "Estou disposto a sacrificar minha própria vida nessa luta", afirmou o fundador do Stop the Steal em Arizona.  2. "Patriot Prayer" grupo de extrema-direita religioso que organizou a invasão do Capitólio do estado de Oregon em dezembro. O grupo equivalente entre os católicos é liderado por Steve Bannon, melhor amigo do filho ...