Mais ou menos no mesmo momento em que Chico Buarque, Edu Lobo, Francis Hime, Carlos Lyra, Sérgio Ricardo e outros apareciam no Brasil, a canção se renovava com jovens universitários em toda a América Latina. Tinham vontade de escrever letras elaboradas e inovadoras, tinham vontade de ligar-se a tradições musicais populares dos seus países, tinham desejo de se projetar como cantores e autores mas que como intérpretes. Do Uruguai vem esse incrível exemplo, presente de rede social que uma estudante que se tornou colega e amiga me mandou hoje. Daniel Viglietti, dono de técnica sofisticada para o violão e de letras excelentes como esse "Mucho, porquito y nada". Uma ideia interessante para esses tempos cabulosos, sobre uma certa ligação entre mudanças no pessoal e no público, no micro e no macro, nas atitudes e na vida e sobre a necessidade de seguir "cambiando este cambio nuestro", ir reformando nossos sonhos de acordo com as grandes e pequenas mudanças.