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Showing posts from July, 2025

Poesia lendo poesia

Lendo Cova Profunda é a Boca das Mulheres Estranhas na cova profunda  perdão é graça das assimétricas gagas interrompidas muitas vezes dedos tortos de artrose costurando ponto a ponto, mudamente esqueletos feitos para dançar não dançam desfilam pequenos horrores enternecidos rancores frios marmorizados em orgulhos carunchos boiando em círculos ralas como água de arroz reconhecendo a viva na morta

Lendo Manoel de Barros

Poesia minha

JULHO, 1969  eu nasci e ninguém mais foi à lua os sonhos encolhendo os olhos firmes abotoados no chão esperando um bilhete sorteado a justiça fútil dos ressentidos colecionando arrependimentos acreditando que quem pode  não faz manda fazer e depois não paga