Eu vivo em guerra porque eu vivo para a literatura e a literatura não vale nada no mundo de hoje. Dou um exemplo: Lygia Fagundes Telles ganha o maior prêmio literário da língua portuguesa (que aliás vem de um país com população e PIB menores que a cidade de São Paulo) e um jornal dá a notícia na seção cultural com menos destaque que um livro de um sujeito que ganhou um programa de "realidade". Então eu vivo em guerra contra a futilidade, a idiotice, a caretice, a ignorância e a cultura de patota que faz com que algumas pessoas finjam ler e adorar o que outras fingem escrever. Será que eu sou o único? Como as pessoas incapazes de encontrar um companheiro vão mandar anúncios para os jornais e para a internet para encontrar alguém, eu resolvi mandar às favas o orgulho e assumir que em carne e osso não consigo encontrar ninguém que viva em guerra como eu - e viver em guerra sozinho faz mal para o coração, a cabeça e o estômago.
Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...
Comments
saudades de nossas aulas...
bom eu também cico revoltado às vezes com a literatura de valor hoje, o cinema por exmplo (como a forma de liteatura que é, muitas vezes é invadido por filminhos clichê, ridículos sem conteúdo algum)... é um saco ler esses livrnhos com pensamentos como : "a vida continua, o mundo gira, palavra vêm e vão.." etc... coisa triste...
Bom mas o que você tem lido ultimamente? (Ando lendo muito Robert Coover e Ian McEwan, ah e também Mark Twain, meu favorito...) me indica algo?
Gostei de seus textos...
Ah, coloca confirmação de envio de comnetário com código (assim os spammers não te entopem de mensagens indesejadas..)
Abraço,
ENZO... leia meu blog (e de minha noiva) também... enzoepaige.blogspot.com
E dizem que quem ignora é feliz...Har-har-har... Prefiro a infelicidade ao ridículo novo-suposto-nihilista do modismo.
Você não esta sozinho...companheiro.
P.S.: abraço saudoso caro 'Teacher' (o nome é culpa da Paula.rsrs) Espero ns vermos mais por aqui.
Mateus.
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