Qual é a fronteira entre o ignorante e o culto?
Quem é pobre de espírito nunca se faz essa pergunta porque tem a si mesmo como a medida da ignorância e da cultura de todas as pessoas. Para essa figura tão comum hoje em dia saber quem é ignorante é matéria simples: o ignorante é aquele que não sabe o que ele sabe. O pobre de espírito aprende alguma coisa de manhã e à tarde já despreza todos que ainda não aprenderam uma coisa assim tão “básica”. E assim, à medida em que aprende mais e mais, esse pobre de espírito torna-se cada vez mais cheio de si e tem cada vez mais desprezo por aqueles que ele chama de ignorantes. Para ele é sempre perda de tempo explicar o que ele já sabe; é coisa de quem precisa “rebaixar-se” ao nível da patuléia ignorante.
E como se comportam esses pobres de espírito frente aos que sabem mais do que eles? Nesse caso o exército de imbecis se divide em dois grupos: os idiotas talvez menos piores idolatram fulano por ser “incrivelmente erudito” e os outros, idiotas mais completos, simplesmente desprezam fulano por ser um afetado que acumula conhecimento inútil.
Mas qual é afinal fronteira entre a ignorância e a cultura?
Talvez a pergunta esteja mal formulada. Afinal todos nós sabemos e ignoramos muitas coisas. Parece que a questão então é escolher o que é que devemos saber e o que podemos simplesmente ignorar. E mais ainda reconhecer os limites do que conseguimos aprender e do que está fora do nosso alcance por limites de acesso.
Enquanto isso os imbecis ladram lá fora...
Quem é pobre de espírito nunca se faz essa pergunta porque tem a si mesmo como a medida da ignorância e da cultura de todas as pessoas. Para essa figura tão comum hoje em dia saber quem é ignorante é matéria simples: o ignorante é aquele que não sabe o que ele sabe. O pobre de espírito aprende alguma coisa de manhã e à tarde já despreza todos que ainda não aprenderam uma coisa assim tão “básica”. E assim, à medida em que aprende mais e mais, esse pobre de espírito torna-se cada vez mais cheio de si e tem cada vez mais desprezo por aqueles que ele chama de ignorantes. Para ele é sempre perda de tempo explicar o que ele já sabe; é coisa de quem precisa “rebaixar-se” ao nível da patuléia ignorante.
E como se comportam esses pobres de espírito frente aos que sabem mais do que eles? Nesse caso o exército de imbecis se divide em dois grupos: os idiotas talvez menos piores idolatram fulano por ser “incrivelmente erudito” e os outros, idiotas mais completos, simplesmente desprezam fulano por ser um afetado que acumula conhecimento inútil.
Mas qual é afinal fronteira entre a ignorância e a cultura?
Talvez a pergunta esteja mal formulada. Afinal todos nós sabemos e ignoramos muitas coisas. Parece que a questão então é escolher o que é que devemos saber e o que podemos simplesmente ignorar. E mais ainda reconhecer os limites do que conseguimos aprender e do que está fora do nosso alcance por limites de acesso.
Enquanto isso os imbecis ladram lá fora...
Comments
Descobri em Portugal um autor de banda desenhada (quadrinhos) que acho que você vai gostar. José Carlos Fernandes desenha umas histórinhas curtas cheias de críticas sociais parecidas com as que você faz em seus contos. Em uma delas, ele afirma que a medida da estupidez é dada, não pela falta de inteligência de uma pessoa, mas pela diferença entre a inteligência que ela julga ter e a que efetivamente tem. Quando você for a São Paulo para a ABRALIC, eu te mostro.
saudades cara! saudades daquelas aulas interessantissimas e das discussoes sempre muito "embebidas" em conhecimento que tinhamos todos em torno da literatura inglesa (tanto aulas introdutorias quanto aulas especificas de seculo XIX)... lembra?
"muito bons os seus posts aqui.
eu queria te pedir um favor, posso? ja vou pedindo:
voce poderia me dizer qual o autor e obra (creio que discutimos na aula de intro a lit. inglesa em meados de 2002 ou 2003)?.., uma peca (leia-se "pehssa") de teatro bem estilo comediaa dell'arte em ingles que era sobre uma moca (leia-se "mOssa")que mora na casa de um landlord que, por sua vez, pensa que pode se aproveitar da moca... ou algo assim...
me escapou completamente o nome de ambos, espero que voce se lembre.. foi muito interessante a peca, bem curtinha e engracada...
abracao...
email enzoufmg[ @ ]yahoo.com (coloco entre colchetes para nao receber spam de spammers automaticos, robotizados) :)