1. O ateu convicto que se sente superior a qualquer religioso é fundamentalmente um tolo. Um religioso fundamentalista que finge poder prescindir da ciência é um obscurantista. Na briga furiosa entre esses dois lados, não fico nem sequer do lado da briga, porque ela não produz nada de interessante.
2. O mistério - aquilo que está além da nossa compreensão - continua a existir firme e forte mesmo com toda a ciência do mundo. Quem não tem olhos para o mistério, não está entendendo nada e costuma pegar pela presunção.
3. Se você tem uma resposta muito bem articulada e cheia de certezas sobre o que é o divino e qual o seu lugar no mundo, pode ter certeza de que está falando de uma outra coisa.
4. A religião enquanto fenômeno social é uma estrutura de monopólio de poder. Isso vale para convento, monastério, igrejinha e igrejona, para católicos e protestantes e muçulmanos e budistas. Essa estrutura de poder pode servir para a solidariedade tanto quanto para o sectarismo. Difícil fingir só ver metade da questão e achar que está entendendo tudo. Mas a religião não se esgota como fato social.
5. As pessoas vivem a religião de várias formas muito diferentes. Alguns têm na religão uma resposta para suas inquietações existenciais. Outros vivem a religião como ajuda quando falta dinheiro ou consolo quando uma doença abate um ente querido. Outros vivem a religião como forma de cantar e dançar junto. Outros como forma de se sentirem melhor que os outros. Há quem experimente a religião como cada um desses quatro aspectos durante a vida.
6. Diferentes religiões enxergam a questão da intenção de maneira diferente. Para algumas a intenção é tudo, para outras ela vale muito pouco. Meu ponto de vista é profundamente materialista: meu pé não fica menos quebrado se eu joguei um tijolo em cima dele sem a intenção consciente de machucar. Mas há que se pensar também na necessidade de misericórdia: julgar severamente o que os outros fizeram é não se lembrar de que a gente também erra muito. E feio.
7. As redes sociais nos demandam julgamentos o tempo todo. Assim, nos acostumamos a julgar sumariamente os outros com base às vezes em uma imagem e meia dúzia de palavras. Quero repetir todos os dias feito um mantra a seguinte advertência: Paulo, meu filho, tome tento; não bote banca, não cague regra, não banque o santo e não atire nos outros nem sequer a terceira pedra. Fique na sua e não se furte a não levantar a voz. E lembre-se de sempre estar um pouco em dúvida.
2. O mistério - aquilo que está além da nossa compreensão - continua a existir firme e forte mesmo com toda a ciência do mundo. Quem não tem olhos para o mistério, não está entendendo nada e costuma pegar pela presunção.
3. Se você tem uma resposta muito bem articulada e cheia de certezas sobre o que é o divino e qual o seu lugar no mundo, pode ter certeza de que está falando de uma outra coisa.
4. A religião enquanto fenômeno social é uma estrutura de monopólio de poder. Isso vale para convento, monastério, igrejinha e igrejona, para católicos e protestantes e muçulmanos e budistas. Essa estrutura de poder pode servir para a solidariedade tanto quanto para o sectarismo. Difícil fingir só ver metade da questão e achar que está entendendo tudo. Mas a religião não se esgota como fato social.
5. As pessoas vivem a religião de várias formas muito diferentes. Alguns têm na religão uma resposta para suas inquietações existenciais. Outros vivem a religião como ajuda quando falta dinheiro ou consolo quando uma doença abate um ente querido. Outros vivem a religião como forma de cantar e dançar junto. Outros como forma de se sentirem melhor que os outros. Há quem experimente a religião como cada um desses quatro aspectos durante a vida.
6. Diferentes religiões enxergam a questão da intenção de maneira diferente. Para algumas a intenção é tudo, para outras ela vale muito pouco. Meu ponto de vista é profundamente materialista: meu pé não fica menos quebrado se eu joguei um tijolo em cima dele sem a intenção consciente de machucar. Mas há que se pensar também na necessidade de misericórdia: julgar severamente o que os outros fizeram é não se lembrar de que a gente também erra muito. E feio.
7. As redes sociais nos demandam julgamentos o tempo todo. Assim, nos acostumamos a julgar sumariamente os outros com base às vezes em uma imagem e meia dúzia de palavras. Quero repetir todos os dias feito um mantra a seguinte advertência: Paulo, meu filho, tome tento; não bote banca, não cague regra, não banque o santo e não atire nos outros nem sequer a terceira pedra. Fique na sua e não se furte a não levantar a voz. E lembre-se de sempre estar um pouco em dúvida.
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