"O que se convencionou chamar de livre mercado - que de livre não tem nada - não é um conceito que sirva como arcabouço para a livre troca de odeias.
O problema é que os defensores do mercado dizem que o que não pode ser contado não é real."
"O esforço de [Stanley Fish] no sentido de apagar a diferença entre administradores e administrados não pode funcionar. Os dois grupos estão em desencontro. Não há como dourar a pílula. O pessoal do MBA está assumindo o poder da universidade."
"Fomos de um mínino de 1.250 exemplares vendidos por livro das humanidades para 275 exemplares nos últimos 30 anos. [...]
A venda anual das editoras universitárias foram de menos de 25 milhões de dólares em 1963 para 40 milhões em 1970 para 120 milhões em 1982, 350 milhões em 1992 e 360 milhões em 1994."
"Em 1985, 65% do orçamento para compras [do sistema público de Universidades da Califórnia] foi destinado a livros e 35% para revistas; em 2003 o orçamento destina 20% para a compra de livros e 80% para os periódicos. Bibliotecários não estão protegendo as verbas dedicadas a livros de editoras comerciais inescrupulosas que ganham fortunas com periódicos."
"Said reclamava que aqueles que escondiam suas ideias na obscuridade da linguagem técnica - sejam da esquerda ou da direita, tanto faz - tinham dado as costas à vida."
"Números são o veneno, não a cura nesse caso."
"A espontaneidade é essencial para o funcionamento das nossas habilidades conceituais. A censura voluntária tem sido a força dominante na universidade nos últimos 20 anos."
"A crise da monografia [...] nos oferece uma oportunidade para questionarmos como é que chegamos a esse ponto, de um tempo em que qualquer coisa parecia possível para outro em que só toleramos a menor contribuição possível contanto que ela venha num sanduíche entre capa e contracapa."
"Nesses nossos tempos - tão comprometidos, em termos superficiais, com a juventude e a inovação - tanto a censura como a defesa do status quo tem que se disfarçar. Sugiro que o principal elemento para descobrir esse disfarce são pessoas posando de rebeldes. Se eles são rebeldes sem causa, creio eu, é porque eles não são rebeldes de fato. Tais pessoas podem ser de fato os mais sutis sustentáculos do sistema. Eles são os agentes do status quo."
"... deixemos de fingir que estamos todos interessados no livre desenvolvimento das ideias e da pesquisa acadêmica. Deixemos de fingir de uma vez que todos os acadêmicos são intelectuais."
"De fato existe cumplicidade - deveríamos chamar de "sinergia", que tal? - entre um sistema de gerenciamento que não quer ser incomodado com coisas como inovação ou conteúdo e aqueles professores nos departamentos das universidades que são inimigos da inovação.
[...]
A sociedade contemporânea finge que apoia os inovadores, mas ama de verdade os conformistas."
"O abandono do pensamento crítico e a renúncia à esperança de inovações radicais são apresentadas como se fossem a mais avançada das inovações."
"Nada prejudica mais a vida da mente do que a escolha consciente da cegueira."
"De fato, não há nada mais repreensível do que do que a curiosidade [...] ela matou o gato e matará o acadêmico também. Certamente a curiosidade fará com que você nunca seja efetivado como professor. Um bom profissionalismo se destaca por ser bitolado e isolacionista. Se você acha que um acadêmico deveria ser um intelectual, você está completamente enganado. Um bom acadêmico se enterra num domínio limitado e não presta atenção a nada que acontece no campo das ideias ou das artes."
"É possível ser um grande pensador e não publicar nada."
"Na nossa fúria escolástica de estufar as bibliotecas até que elas explodam com publicações, alguma coisa se perdeu. E o que fazer agora que as bibliotecas compram cada vez menos e os livros não são lidos e resenhados mas apenas contados? Aqui presenciamos um silêncio ensurdecedor, mas me interessa um silêncio que seja fértil, como aquele que aparece no final do Tractatus de Wittgenstein."
"Um livro não é nem nunca será um depósito de lixo. Um livro emerge do silêncio não da cacofonia."
"É como se as universidades estivessem dizendo de forma implícita que para ser efetivado você tem que provar que não é uma consciência independente ao se sujeitar às regras e objetivos da alta produtividade."
"Muitas das pessoas que têm muito a dizer são as mais relutantes em abrir a boca. Acho que as universidades deviam alistar as editoras para fazer com que mais pessoas em silêncio digam o que pensam. Esqueçam os tagarelas."
"O experiência é para o humanista o que o experimento é para o cientista, o evento chave que queremos investigar."
O problema é que os defensores do mercado dizem que o que não pode ser contado não é real."
"O esforço de [Stanley Fish] no sentido de apagar a diferença entre administradores e administrados não pode funcionar. Os dois grupos estão em desencontro. Não há como dourar a pílula. O pessoal do MBA está assumindo o poder da universidade."
"Fomos de um mínino de 1.250 exemplares vendidos por livro das humanidades para 275 exemplares nos últimos 30 anos. [...]
A venda anual das editoras universitárias foram de menos de 25 milhões de dólares em 1963 para 40 milhões em 1970 para 120 milhões em 1982, 350 milhões em 1992 e 360 milhões em 1994."
"Em 1985, 65% do orçamento para compras [do sistema público de Universidades da Califórnia] foi destinado a livros e 35% para revistas; em 2003 o orçamento destina 20% para a compra de livros e 80% para os periódicos. Bibliotecários não estão protegendo as verbas dedicadas a livros de editoras comerciais inescrupulosas que ganham fortunas com periódicos."
"Said reclamava que aqueles que escondiam suas ideias na obscuridade da linguagem técnica - sejam da esquerda ou da direita, tanto faz - tinham dado as costas à vida."
"Números são o veneno, não a cura nesse caso."
"A espontaneidade é essencial para o funcionamento das nossas habilidades conceituais. A censura voluntária tem sido a força dominante na universidade nos últimos 20 anos."
"A crise da monografia [...] nos oferece uma oportunidade para questionarmos como é que chegamos a esse ponto, de um tempo em que qualquer coisa parecia possível para outro em que só toleramos a menor contribuição possível contanto que ela venha num sanduíche entre capa e contracapa."
"Nesses nossos tempos - tão comprometidos, em termos superficiais, com a juventude e a inovação - tanto a censura como a defesa do status quo tem que se disfarçar. Sugiro que o principal elemento para descobrir esse disfarce são pessoas posando de rebeldes. Se eles são rebeldes sem causa, creio eu, é porque eles não são rebeldes de fato. Tais pessoas podem ser de fato os mais sutis sustentáculos do sistema. Eles são os agentes do status quo."
"... deixemos de fingir que estamos todos interessados no livre desenvolvimento das ideias e da pesquisa acadêmica. Deixemos de fingir de uma vez que todos os acadêmicos são intelectuais."
"De fato existe cumplicidade - deveríamos chamar de "sinergia", que tal? - entre um sistema de gerenciamento que não quer ser incomodado com coisas como inovação ou conteúdo e aqueles professores nos departamentos das universidades que são inimigos da inovação.
[...]
A sociedade contemporânea finge que apoia os inovadores, mas ama de verdade os conformistas."
"O abandono do pensamento crítico e a renúncia à esperança de inovações radicais são apresentadas como se fossem a mais avançada das inovações."
"Nada prejudica mais a vida da mente do que a escolha consciente da cegueira."
"De fato, não há nada mais repreensível do que do que a curiosidade [...] ela matou o gato e matará o acadêmico também. Certamente a curiosidade fará com que você nunca seja efetivado como professor. Um bom profissionalismo se destaca por ser bitolado e isolacionista. Se você acha que um acadêmico deveria ser um intelectual, você está completamente enganado. Um bom acadêmico se enterra num domínio limitado e não presta atenção a nada que acontece no campo das ideias ou das artes."
"É possível ser um grande pensador e não publicar nada."
"Na nossa fúria escolástica de estufar as bibliotecas até que elas explodam com publicações, alguma coisa se perdeu. E o que fazer agora que as bibliotecas compram cada vez menos e os livros não são lidos e resenhados mas apenas contados? Aqui presenciamos um silêncio ensurdecedor, mas me interessa um silêncio que seja fértil, como aquele que aparece no final do Tractatus de Wittgenstein."
"Um livro não é nem nunca será um depósito de lixo. Um livro emerge do silêncio não da cacofonia."
"É como se as universidades estivessem dizendo de forma implícita que para ser efetivado você tem que provar que não é uma consciência independente ao se sujeitar às regras e objetivos da alta produtividade."
"Muitas das pessoas que têm muito a dizer são as mais relutantes em abrir a boca. Acho que as universidades deviam alistar as editoras para fazer com que mais pessoas em silêncio digam o que pensam. Esqueçam os tagarelas."
"O experiência é para o humanista o que o experimento é para o cientista, o evento chave que queremos investigar."
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