Acabei de ler o livro ao lado, de uma das memorialistas mais reconhecidas hoje em dia na França. Nunca vi alguém escrever uma prosa assim - uma pena eu não ter tempo de ler em francês - misturando o pessoal e a história do seu país/geração tão consistentemente. Isso porque ela evita o uso da primeira pessoa no livro. A protagonista é ou "ela" ou um impessoal "a gente" [o "on" do francês], que é traduzido frequentemente na voz passiva em inglês. Os anos é estranhamente pessoal/específico e impessoal/vago ao mesmo tempo.
Para mim, é a radiografia do apodrecimento da França [e da Europa] no consumismo totalitário que invadiu todos os espaços da existência e vou invadindo o mundo inteiro. Mas é também uma radiografia desse novo complexo de superioridade da Europa com relação ao resto do mundo, apagando as burradas e loucuras das guerras mundiais e renovando o racismo que levantou Le Pens e suas versões atenuadas [como Sarkozy, por exemplo].
Para mim, é a radiografia do apodrecimento da França [e da Europa] no consumismo totalitário que invadiu todos os espaços da existência e vou invadindo o mundo inteiro. Mas é também uma radiografia desse novo complexo de superioridade da Europa com relação ao resto do mundo, apagando as burradas e loucuras das guerras mundiais e renovando o racismo que levantou Le Pens e suas versões atenuadas [como Sarkozy, por exemplo].
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