Vida Obscura Cruz e Souza Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro, Ó ser humilde entre os humildes seres. Embriagado, tonto dos prazeres, O mundo para ti foi negro e duro. Atravessaste num silêncio escuro A vida presa a trágicos deveres E chagaste ao saber de altos saberes Tornando-te mais simples e mais puro. Ninguém te viu o sentimento inquieto, Magoado, oculto e aterrador, secreto. Que o coração te apunhalou no mundo. Mas eu que sempre te segui os passos Sei que cruz infernal prendeu-te os braços E o teu suspiro como foi profundo! "... para não andarem dizendo que o povo é carneiro. De vez em quando é bom a negrada mostrar que sabe morrer como homem! [...] ... mostrar ao governo que ele não põe o pé no pescoço do povo". Depoimento dado por cidadão anônimo sobre a Revolta da Vacina recolhido pelo jornal A Tribuna ainda em 1904. Caricatura de Horacio José da Silva, estivador e capoerista conhecido como Prata Preta, líder das barricadas no bairro da Saúde no Rio de Janeiro em...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.