Um ano antes de publicar "Funes, el memorioso", a história de um uruguaio, rapaz simples do interior, que nunca se esquecia de nada, Jorge Luis Borges publicou uma nota crítica bem sarcástica sobre Ulisses de James Joyce, dizendo que só uma pessoa como Funes [que ele diz ter imaginado para aquela nota mas que ele nunca iria realmente colocar em uma história de fato] seria capaz de ler aquele calhamaço de 400.000 palavras de uma vez só. No conto, publicado no ano seguinte, Borges cita a si mesmo, mas atribui o epíteto de Funes como "um precursor dos super-homens, um Zarathustra suburbano e parcial" a um outro escritor Argentino, o poeta vanguardista Pedro Leandro Ipuche.
Borges era o mais barroco dos mais barrocos modernistas.
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