O tempo faz da história uma espetacular peça de ficção imposta pelos entusiastas do senso comum e um poeta [o mais insuspeitado no caso] pode servir de inesperado documento para baixar a bola dos ficcionistas de plantão. Um doce para quem souber quem era o técnico da época... Brasil 4 X Argentina 0 (Guayaquil 1981) Quebraram a chave da gaiola e os quadros-negros da escola. Rebentaram enfim as grades que os prendiam todas as tardes. Nos fugitivos é a surpresa, vendo que tomaram-se as rédeas (dos técnicos mudos, mas surpresos, brancos, no banco, com medo). Estão presos os da outra gaiola, que não souberam abrir a porta: ou que não o puderam, contra o jogo dos que estavam fora, soltos. De certo também são capazes de idênticas libertinagens uma vez soltos, porém como se liberar daquele tronco em que os aprisionaram os táticos argentinos, também gramáticos. E enquanto os fugitivos seguem com a soltura, a sem lei que os regem, nos bancos é uma indignação: dos que vão vencendo e dos q...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.