Era uma vez a internet no começo do século. Trata-se para mim de um pular de um blogue para outro, procurando coisas interessantes, postando comentários e tentando [às vezes sem sucesso] engrenar uma conversa aqui ou ali. Alguns tinham listas intermináveis de comentários em debates bizantinos sobre política ou teoria onde o bate-boca se misturava com jargões e longas explicações. Outros compartilhavam textos dos outros e alguns só textos de autoria própria. Passei longe do tal do Orkut e seus grupos sobre tudo quanto é assunto. Nem sequer me inscrevi. A internet era então isso de visitar blogues e a visita periódica aos jornalões que eu conhecia no papel, desde a casa dos meus pais: Estado de Minas, O Tempo, O Globo, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Estado de S, Paulo . Eu morava fora e aquilo era uma forma surpreendente de se manter conectado ao Brasil estando tão longe, de uma maneira nova, que era antes impossível. Sabia de uma batida de carros no Anel Rodoviário antes que ...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.