1. Um pouco mais de dois meses no Brasil passaram voando. As calçadas de BH e RJ de novo coalhadas de miseráveis e as cidades [e as redes sociais] coalhadas de proto-fascistas que me ameaçam dizendo que eu devo "já ir me acostumando".
2. Persistem nessa pressão as relações sociais mais humanas, de roça ali no meu canto da Serra coladinho na favela do Cafezal, apesar da chegada de novos imensos edifícios padrão-coxinha e dos grupos zumbis de Zaps-paranóia. Meus tênis têm mais de cinco anos e meu celular é uma furreca; assim ando sossegado pela rua.
3. Muitos de meus amigos são, como eu, professores/pesquisadores universitários da área de humanas. Entre salários que chegam atrasados e parcelados em fatias, as universidades sitiadas afundam e os professores se escondem em desespero silencioso.
4. Por motivos de necessidade assisti e dois dias consecutivos de Jornal Nacional salpicados de CBN e GNews. A grande teia de meios de comunicação continuam martelando sua mensagem, na esperança de finalmente convencer o eleitor de que viver sem aposentadoria e sem estabilidade mínima de emprego é a salvação do país e que uma máfia, por limpinha e cheirosa, é melhor que a outra porque é muito muderna e neo-liberal.
5. A morte e a doença visitaram nossas famílias com afinco: acidentes, operações, crises de ansiedade, resfriados, alergias, indisposições intestinais, sangue, grandes e pequenas tragédias dos dois lados. Difícil mas importante poupar os meninos de tanta negatividade. Importante mas difícil.
2. Persistem nessa pressão as relações sociais mais humanas, de roça ali no meu canto da Serra coladinho na favela do Cafezal, apesar da chegada de novos imensos edifícios padrão-coxinha e dos grupos zumbis de Zaps-paranóia. Meus tênis têm mais de cinco anos e meu celular é uma furreca; assim ando sossegado pela rua.
3. Muitos de meus amigos são, como eu, professores/pesquisadores universitários da área de humanas. Entre salários que chegam atrasados e parcelados em fatias, as universidades sitiadas afundam e os professores se escondem em desespero silencioso.
4. Por motivos de necessidade assisti e dois dias consecutivos de Jornal Nacional salpicados de CBN e GNews. A grande teia de meios de comunicação continuam martelando sua mensagem, na esperança de finalmente convencer o eleitor de que viver sem aposentadoria e sem estabilidade mínima de emprego é a salvação do país e que uma máfia, por limpinha e cheirosa, é melhor que a outra porque é muito muderna e neo-liberal.
5. A morte e a doença visitaram nossas famílias com afinco: acidentes, operações, crises de ansiedade, resfriados, alergias, indisposições intestinais, sangue, grandes e pequenas tragédias dos dois lados. Difícil mas importante poupar os meninos de tanta negatividade. Importante mas difícil.
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