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Arqueologia: Diário de Leitura de 22 de julho de 2019

Trombei com esse post nunca publicado. Mal sabia eu que não voltaria mais para o Brasil. 

Vai chegando a hora de ir embora e o coração começa a apertar, cada dia mais um pouquinho. Minha casa não é bem o Brasil, nem Minas Gerais. Minha casa é Belo Horizonte. Aqui eu cresci e me tornei gente [e custou]. Está na hora de voltar, diz o meu coração já há muito tempo, mas a vida não ajuda em nada e minha família não quer, mas o coração aperta mesmo assim.  Nesse baixo astral vou intercalando as leituras de trabalho com Vermelho Amargo de Bartolomeu Campos de Queiróz, um livro bem curtinho e impactante pela sintonia que ele tem com esse meu momento. Um porção de trechinhos que me impactaram, e principalmente este:





No trabalho, lendo Benito Juárez, um gigante:

"Que el pueblo y el Gobierno respeten los derechos de todos. Entre los individuos, como entre las naciones, el respeto al derecho ajeno es la paz."

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 que pertence a menos gente 
 mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia 
 foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, 
 a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.

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