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Crítica em pílula 1: Para quem acha que Guimaraes Rosa vivia no mundo da lua

Um trecho de Grande Sertão: Veredas para quem ainda acha que Guimarães Rosa só escrevia sobre flores e colibris ou a música das esferas (um completo equívoco):

“E mandou amarrar o sujeito, sentar nele uma surra de peia. Atual, o cabra confessou: que tinha querido vir drede para trair, em empreita encobertada. Zé Bebelo apontou nos cachos dele a máuser: estampido que espatifa – as miolagens foram se grudar longe e perto.” (93)

É um exemplo casual que não me custou cinco de minutos de busca. Não precisa procurar muito para encontrar vários outros, inclusive nos contos de todos os livros. Mas então porque é que tanta gente se surpreende quanto se fala de violência na ficção de Guimarães Rosa? Em minha opinião é só porque, ao contrário de uma legião de escritores brasileiros que andaram requentando uma literatura naturalista que o Machado espinafrava com gosto, Guimarães Rosa não gigolava a violência tão presente no Brasil (nas Américas todas) desde 1500 em busca de um efeito barato de choque que os mexicanos definiram com precisão em um termo magnífico: tremendismo.

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Poema meu: Saudades da Aldeia desde New Haven

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 mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia 
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