Repórter da revista Caras toma LSD e escreve ensaio para aula de história:
A família é instituição valorizada no Brasil. O país não seria o que é sem os clãs que escreveram sua história: os Maias, Agripino, Tim e César; os Mottas, Sérgio, Zezé e Ed; os primos Mário, Oswald, Eugénio, Aloysio e Carlos Drummond de Andrade; Milton e Nílton Santos, fundadores com Sílvio Abravanel da cidade de Santos e do aeroporto Santos Dumont; Nelson, Dercy e Milton Gonçalves; os talentosos Afonso Romano, Dedé e Telê Santana; Tônia, Tião e Beto Carreiro; Hebe, Wanessa e Zezé di Camargo; o ex-presidente FH e seus pais Elizeth e Newton Cardoso; o magistrado Mário Vianna e seus filhos, Tião, Hermano e Herbert; o casal Lima e Regina Duarte; os Gomes, Mário, Ciro e Dias; os Meireles, Cecília, Fernando e Henrique; os de Morais, Vinícius e Antônio Ermírio.
Mas ninguém supera a família Ramos e vale a pena recontar aqui a sua saga.
Tudo começou quando o Cacique de Ramos ancorou sua caravela no piscinão que hoje leva seu nome, no dia em que hoje se comemora o Domingo de Ramos. O Cacique trouxe quinquilharias de Goa e seus dois filhos mais velhos, Lílian e Graciliano. Enquanto Lílian se aproveitou do carnaval e se transformou na Condessa de Itamar, Graciliano acabou seus dias na Ilha Grande, acusado de honestidade ideológica. Para o Cacique o convite para virar estátua no Madam Tussauds lhe chegou em boa hora; ele, que chegara ao país cheio de esperanças, deu com os burros n’água quando Graciliano foi preso e Lílian sumiu nas águas da Lagoa Nelson Rodrigues de Freitas. Seus netos, Nereu e Nuno Ramos, levaram o velho Cacique ao aeroporto para a despedida melancólica. Nasceriam contudo no Brasil dois outros filhos do Cacique, os imperadores da Lapa: Tony [o Grelo] e Lázaro Ramos [o Madame Satã]. Mas o pobre Cacique não soube do êxito dos seus filhos mais jovens, morrendo de disenteria no museu de cera.
A família ganharia outro ramo no Brasil com a chegada do irmão do Cacique, o Governador Celso Ramos, que para Santa Catarina atraído pelas potocas do irmão indígena. Apesar das praias infestadas de argentinos, o Governador teve melhor sorte: adaptado ao clima, casou-se com Helena e Lucy e teve com as duas três filhos: Mauro Ramos, que ganhou duas Copas [58 e 62, a última como capitão], Arthur Ramos, biógrafo de seu primo Satã, e Ofélia Ramos, cozinheira de mão boba e cabeleira cheia e mãe da dupla sertaneja Saulo e Samuel Ramos.
[dedicado a Stanislaw Ponte Preta]
Obs: Mandei essa nova versão de texto com a frase sobre o museu de cera para a Piauí e o prazo já tinha expirado [de novo]. Ficou melhor um pouco, assim que cá está.
A família é instituição valorizada no Brasil. O país não seria o que é sem os clãs que escreveram sua história: os Maias, Agripino, Tim e César; os Mottas, Sérgio, Zezé e Ed; os primos Mário, Oswald, Eugénio, Aloysio e Carlos Drummond de Andrade; Milton e Nílton Santos, fundadores com Sílvio Abravanel da cidade de Santos e do aeroporto Santos Dumont; Nelson, Dercy e Milton Gonçalves; os talentosos Afonso Romano, Dedé e Telê Santana; Tônia, Tião e Beto Carreiro; Hebe, Wanessa e Zezé di Camargo; o ex-presidente FH e seus pais Elizeth e Newton Cardoso; o magistrado Mário Vianna e seus filhos, Tião, Hermano e Herbert; o casal Lima e Regina Duarte; os Gomes, Mário, Ciro e Dias; os Meireles, Cecília, Fernando e Henrique; os de Morais, Vinícius e Antônio Ermírio.
Mas ninguém supera a família Ramos e vale a pena recontar aqui a sua saga.
Tudo começou quando o Cacique de Ramos ancorou sua caravela no piscinão que hoje leva seu nome, no dia em que hoje se comemora o Domingo de Ramos. O Cacique trouxe quinquilharias de Goa e seus dois filhos mais velhos, Lílian e Graciliano. Enquanto Lílian se aproveitou do carnaval e se transformou na Condessa de Itamar, Graciliano acabou seus dias na Ilha Grande, acusado de honestidade ideológica. Para o Cacique o convite para virar estátua no Madam Tussauds lhe chegou em boa hora; ele, que chegara ao país cheio de esperanças, deu com os burros n’água quando Graciliano foi preso e Lílian sumiu nas águas da Lagoa Nelson Rodrigues de Freitas. Seus netos, Nereu e Nuno Ramos, levaram o velho Cacique ao aeroporto para a despedida melancólica. Nasceriam contudo no Brasil dois outros filhos do Cacique, os imperadores da Lapa: Tony [o Grelo] e Lázaro Ramos [o Madame Satã]. Mas o pobre Cacique não soube do êxito dos seus filhos mais jovens, morrendo de disenteria no museu de cera.
A família ganharia outro ramo no Brasil com a chegada do irmão do Cacique, o Governador Celso Ramos, que para Santa Catarina atraído pelas potocas do irmão indígena. Apesar das praias infestadas de argentinos, o Governador teve melhor sorte: adaptado ao clima, casou-se com Helena e Lucy e teve com as duas três filhos: Mauro Ramos, que ganhou duas Copas [58 e 62, a última como capitão], Arthur Ramos, biógrafo de seu primo Satã, e Ofélia Ramos, cozinheira de mão boba e cabeleira cheia e mãe da dupla sertaneja Saulo e Samuel Ramos.
[dedicado a Stanislaw Ponte Preta]
Obs: Mandei essa nova versão de texto com a frase sobre o museu de cera para a Piauí e o prazo já tinha expirado [de novo]. Ficou melhor um pouco, assim que cá está.
Comments
valia por Sergio Porto e suas certinhas do lalau(que faziam suar
a todos)Péricles e o Amigo da Onça.E Vão Gogo através de seu alter-ego Millôr.No mais,poderia bem ser um texto de Digo Maisnada e
sua IN"veja".
por wilson yoshio.
blogdosamuraiuchinanchu.blogspot.com