Era uma vez um velho poeta judeu que sabia que ia morrer e, sabendo que ia morrer, escreveu um último poema. Esse poema, como era do seu feitio, passava longe de slogans sentimentais e certezas, coisas que ele uma vez disse andar escurecendo o ambiente feito uma praga de gafanhotos. Ainda assim o tal poema continha um refrão ao mesmo tempo simples e poderoso: Hineni/הנני [Aqui estou!]. O refrão em hebraico era uma referência a um outro poeta judeu, de uma sensibilidade bastante diferente. Esse outro poeta, muito antigo, chama-se Isaías, e gostava de fazer falar furiosamente um Deus que anunciava a redenção dos seres humanos num futuro próximo que, séculos mais tarde, parecia ainda mais improvável.
O velho poeta judeu, descrente de redenções grandiloquentes, transformou seu poema numa canção, e chamou para acompanhá-lo o coro da sinagoga da sua infância, Shaar Hashomayim, que significa, significativamente, "Porta dos Céus". Falava de velas votivas queimando em vão e sofrimentos cantados em cantigas de ninar, entre outras coisas.
Terminada o poema e gravada a canção o velho poeta judeu estava pronto para morrer. E morreu. Seu nome era Leonard Cohen.
Era assim a canção:
A canção/poema dizia o seguinte:
You want it darker,
You want it darker,
You want it darker
We kill the flame
O velho poeta judeu, descrente de redenções grandiloquentes, transformou seu poema numa canção, e chamou para acompanhá-lo o coro da sinagoga da sua infância, Shaar Hashomayim, que significa, significativamente, "Porta dos Céus". Falava de velas votivas queimando em vão e sofrimentos cantados em cantigas de ninar, entre outras coisas.
Terminada o poema e gravada a canção o velho poeta judeu estava pronto para morrer. E morreu. Seu nome era Leonard Cohen.
Era assim a canção:
A canção/poema dizia o seguinte:
If you are the dealer,
I'm out of the game.
If you are the healer,
If you are the healer,
it means I'm broken and lame.
If thine is the glory,
If thine is the glory,
then mine must be the shame
You want it darker,
we kill the flame.
we kill the flame.
Magnified, sanctified
be thy holy name.
Vilified, crucified
Vilified, crucified
in the human frame.
A million candles burning
A million candles burning
for the help that never came.
You want it darker,
Hineni! Hineni!
I'm ready, my lord.
I'm ready, my lord.
There's a lover in the story,
but the story's still the same.
There's a lullaby for suffering
and a paradox to blame,
but it's written in the scriptures
and it's not some idle claim.
but the story's still the same.
There's a lullaby for suffering
and a paradox to blame,
but it's written in the scriptures
and it's not some idle claim.
we kill the flame.
They're lining up the prisoners
and the guards are taking aim.
I struggled with some demons,
they were middle class and tame.
I didn't know I had permission
and the guards are taking aim.
I struggled with some demons,
they were middle class and tame.
I didn't know I had permission
to murder and to maim.
You want it darker,
Hineni, hineni!
I'm ready, my lord.
I'm ready, my lord.
Magnified, sanctified
be thy holy name.
Vilified, crucified
Vilified, crucified
in the human frame.
A million candles burning
A million candles burning
for the love that never came.
You want it darker
We kill the flame
If you are the dealer,
let me out of the game.
If you are the healer,
If you are the healer,
I'm broken and lame.
If thine is the glory,
If thine is the glory,
mine must be the shame.
You want it darker,
Hineni! Hineni!
I'm ready, my lord!
Hineni!
Hineni!
Hineni!
Hineni!
Hineni!
Hineni!
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