Skip to main content

Café Tacvba e Juan José Tablada: Urubus mexicanos desde Tenochtitlán até a carniça extra-terrestre



Zopilotes
 Joselo Rangel

Lo vieron caer del cielo
bola de metal y fuego.
Cayó arriba allá en el cerro,
carne para carroñeros.

Los zopilotes en círculo van
localizando el sitio fatal.
Los zopilotes en círculo van
hoy de la muerte se alimentarán.

Los cuerpos ya chamuscados,
alguno cortado en tajos
- no parecen ser humanos -
dijo un zopilote sabio.

Los zopilotes en círculo están.
Nadie se atreve el primero a probar.
Los zopilotes admirados están,
nadie esperaba esto encontrar...

¡Ay, metal retorcido!
Sangre de otro color.
¡Ay, lo desconocido!
dijo un zopilote: -Yo me voy-
Lo siguieron todos con temor, con mucho temor

para ver que carroñea.
No teme la diferencia,
al contrario la venera.

Un zopilote picoteando está,
carne que tiene un sabor especial.
El zopilote comienza a pensar:
- allá en las estrellas que más habrá?

Vuelas estrellas,
vamos hacia allá...


Tzompantli: Fileira de caveiras em exposição. Descobriu-se recentemente um Tzompantli no Templo Mayor na cidade do México com mais de 650 caveiras enfileiradas!
Los zopilotes
Juan José Tablada
Cuando sacrificaban en el Templo Mayor
las alas de los zopilotes
oscurecían el sol…

Y los remeros en sus barcas
no miraban a las alturas
si del lago las aguas zarcas[1]
se tornaban pronto oscuras.

Pues el pávido macehual[2]
al presagio del zopilote
de la sangre miraba el brote
bajo el filo del pedernal.[3]

Con envidia de los coyotes
volando, de la serranía,
sobre Tenochtitlán caía
muchedumbre de zopilotes…

Cual gerifaltes en alcándara
sobre el zompantli[4] se posaban
y adornando las calaveras
con morriones de plumas negras,

            ¡solían saltar
al brusco son
de panhuehuetl
o caracol…!


[1] Azul claro
[2] hombre común del pueblo
[3] sílex, variedad de cuarzo utilizado como instrumento cortante.
[4] un altar de calaveras, lo constituían las cabezas de los sacrificados atravesadas por varas.

Comments

Popular posts from this blog

Protestantes e evangélicos no Brasil

1.      O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões   Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja.  Você sabe qual é? 2.      Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis   nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3.      Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia inst...

Poema meu: Saudades da Aldeia desde New Haven

Todas as cartas de amor são Ridículas. Álvaro Campos O Tietê é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia, mas o Tietê não é mais sujo que o ribeirão que corre minha aldeia porque não corre minha aldeia. Poucos sabem para onde vai e donde vem o ribeirão da minha aldeia, 
 que pertence a menos gente 
 mas nem por isso é mais livre ou menos sujo. O ribeirão da minha aldeia 
 foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, 
 a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.

Contos: "O engraçado arrependido" de Monteiro Lobato

Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...