Vemos hoje a expansão da lógica do capitalismo financeiro a todas as esferas do humano. Alguns exemplos concretos:
1. A revista New Yorker trouxe há tempos reportagem sobre o fascínio que o programa preferido de executivos em todo o mundo, o Power Point, exerce sobre a forma de pensar e se comunicar desses executivos, que só conseguiam comunicar-se no estilo de tópico e comentário com ilustrações, e não apenas no seu trabalho. Um deles queria resolver problemas na sua família sentando esposa e filhos à mesa e apresentando em Power Point uma “agenda propositiva para uma família melhor”.
2. A indústria farmacêutica e sua “parceira sinérgica” do setor de seguros saúde transformam juntas os sistemas de saúde no mundo inteiro com a imposição das regras da boa “governância corporativa”: uma medicina propositalmente cara e excludente [pensem nos bancos que cobram mais taxas de quem têm menos dinheiro em conta]. Um dos efeitos desse processo: milhões de pessoas com problemas emocionais de todo o tipo são transformados em consumidores de drogas como o Prozac, drogas que buscam ajustar todos os indivíduos que sofrem moléstias mentais a uma vida integrada e produtiva no mais curto prazo e ao custo mais baixo (as causas são reduzidas a desequilíbrios químicos que por sua vez são reduzidos a tendências genéticas).
3. A questão de quem é artisticamente relevante nas artes plásticas passou das mãos de curadores e museus para o mercado internacional graúdo, onde megainvestidores empregam seus muitos milhões extras [ninguém além de mim se pergunta de onde ou de quem tirou-se todo esse dinheiro?) em obras de arte, vistas aqui como mais um lucrativo investimento.
4. Roberto Schwartz escreveu um artigo sobre a “internacionalização de Machado de Assis” [o texto está disponível online] e comenta com precisão sobre a influência dos modelos corporativos de gerenciamento e marketing no sistema acadêmico americano, sistema por sua vez exportado e copiado em todo o mundo acriticamente.
1. A revista New Yorker trouxe há tempos reportagem sobre o fascínio que o programa preferido de executivos em todo o mundo, o Power Point, exerce sobre a forma de pensar e se comunicar desses executivos, que só conseguiam comunicar-se no estilo de tópico e comentário com ilustrações, e não apenas no seu trabalho. Um deles queria resolver problemas na sua família sentando esposa e filhos à mesa e apresentando em Power Point uma “agenda propositiva para uma família melhor”.
2. A indústria farmacêutica e sua “parceira sinérgica” do setor de seguros saúde transformam juntas os sistemas de saúde no mundo inteiro com a imposição das regras da boa “governância corporativa”: uma medicina propositalmente cara e excludente [pensem nos bancos que cobram mais taxas de quem têm menos dinheiro em conta]. Um dos efeitos desse processo: milhões de pessoas com problemas emocionais de todo o tipo são transformados em consumidores de drogas como o Prozac, drogas que buscam ajustar todos os indivíduos que sofrem moléstias mentais a uma vida integrada e produtiva no mais curto prazo e ao custo mais baixo (as causas são reduzidas a desequilíbrios químicos que por sua vez são reduzidos a tendências genéticas).
3. A questão de quem é artisticamente relevante nas artes plásticas passou das mãos de curadores e museus para o mercado internacional graúdo, onde megainvestidores empregam seus muitos milhões extras [ninguém além de mim se pergunta de onde ou de quem tirou-se todo esse dinheiro?) em obras de arte, vistas aqui como mais um lucrativo investimento.
4. Roberto Schwartz escreveu um artigo sobre a “internacionalização de Machado de Assis” [o texto está disponível online] e comenta com precisão sobre a influência dos modelos corporativos de gerenciamento e marketing no sistema acadêmico americano, sistema por sua vez exportado e copiado em todo o mundo acriticamente.
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