dormindo estamos mortos pro mundo dormindo estamos mortos pro mundo não há dor não há mágoa não há pena se o mundo não quer dormir conosco não me diga que é nosso o problema nos deitamos antes que escureça acordamos no final da manhã terminamos a sesta quando cai a tarde hibernamos no fim de semana o pijama é nossa segunda pele a cama escura, nosso endereço certo ainda que o coração teime em bater seguimos impenitentemente dormentes, não há dor não há mágoa não há pena que nos entorpeça o prazer de não ser Em nome do Valium, Arte minha: Braços de Morfeu do Rivotril e do Lexotan com Champagne agradeço pela alface, pela aveia, pelo maracujá, pela cachaça e pela camomila na nossa mesa de todo dia. Peço auxílio aos santos Magnésio, Frontal, Lorax e Dalmadorm, e proteção às deusas Tranxilene, Maconha e Morfina. Que todos me embalem, homo, qui nocturno pollutus sit somnio extra casta ad aet...
Basicamente, mas não exclusivamente literatura: prosa e poesia.