Skip to main content

Diário de Babylon: Notas sobre um grupo de leitura


Normalmente a língua desse espaço aqui é português, mas não tenho tempo de traduzir essas notas que fiz para um encontro na universidade sobre as tensões raciais que nos atormentam desde sempre. Éramos parte de um grupo que leu e discutiu o livro Race Talk durante o primeiro semestre, motivado justamente por acontecimentos lamentáveis aqui na universidade e depois na cidade. 

Notes for the Panel in OUt on April 19, 2019

1.     I think that getting together and discussing Race Talk has first of all helped us meet like-minded colleagues. We found out about similar classroom situations and discussed strategies to deal with them. From now on we can count on each other for emotional support and for critical reflection. 

2.     Together we have strengthened our conviction that we should treat moments when the subject of racial inequality unexpectedly appears in the classroom as opportunities to be embraced rather than as a trap we should get out of as quickly as possible. There is a conspiracy of silence we must help dismantle.

3.     Together we have understood that one of the fundamental tools for sustaining white supremacy is dismissing voices of dissent as paranoid exaggerations or opportunistic attempts to “take advantage of the system.” Embedded in this dismissive attitude is the absurd notion that white experience of racial relations is the objective truth. Thus, whenever students from minorities speak out, we should support them rather than hush their voices as inconvenient disruptors of civility in the classroom. And if these students are met with skepticism (condescending or contemptuous) from their classmates, we should let everyone in class know that the voice of the oppressed is more than just one valid voice; the voice of the oppressed is knowledge (painful, first-hand knowledge) that holds the key to freeing us all from a situation of fundamental injustice.

4.     As a foreigner, I always make sure people here understand that my interest in the culture of the United States is premised upon the vital presence of Native American and African American cultures here. I can say the same about every other culture in the Americas as a whole. Rather than a “problem” to be solved, these cultures are vital to finding solutions to the problems we face at a point when capitalism seems to be on the brink to destroying the whole planet. 

5.     As a Latin American, I always remind myself and everyone else that we, as nations in the Americas, owe an enormous debt to our Native American and African-American sisters and brothers. Our nations were built out of the cowardly destitution and exploitation of Native Americans and African-Americans over centuries of colonization and slavery. Instead of reparations, we, as nations, have permitted the exploitation and the discrimination of Native-Americans and African-Americans to continue to exist. This is a continental shame. It is a debt that we must confront NOW.   

Comments

Popular posts from this blog

Diário do Império - Antenado com a minha casa [BH]

Acompanho a vida no Brasil antes de tudo pela internet, um "lugar" estranho em que a [para mim tenebrosa] classe m é dia brasileira reina soberana, quase absoluta, com seus complexos, suas mediocridades e sua agressividade... Um conhecido, daqueles que ao inv és de ter um blogue que a gente visita quando quer, prefere um papel mais ativo, mandando suas "id éias" para os outros por e-mail, me enviou o texto abaixo, que eu vou comentar o mais sucintamente possível: resolvi a partir de amanh ã fazer um esforço e tentar, al ém do blogue, onde expresso minhas "id éias" passivamente, tentar me comunicar diretamente com as pessoas por carta... OS ALUNOS DE UNIVERSIDADES PARTICULARES DERAM UMA RESPOSTA; E A BRIGA CONTINUOU ... 1 - PROVOCAÇÃO INICIAL Estudar na PUC:............... R$ 1.200,00 Estudar no PITÁGORAS:..........R$ 1.000,00 Estudar na NEWTON:.....R$ 900,00 Estudar na FUMEC:............ R$600,00 Estudar na UNI-BH:........... R$ 550,00 Estudar na

Uma gota de fenomenologia

Esse texto é uma homenagem aos milhares de livrinhos fininhos que se propõem a explicar em 50 páginas qualquer coisa, do Marxismo ao machismo e de Bakhtin a Bakunin: Uma gota de fenomenologia Uma coisa é a coisa que a gente vive nos ossos, nos nervos, na carne e na pele; aquilo que chega e esfria ou esquenta o sangue do caboclo. Outra coisa bem outra é assistir essa mesma coisa, mais ou menos de longe. Nem a mãe de um caboclo que passa fome sabe o que é passar fome do jeito que o caboclo que passa fome sabe. A mãe sabe outra coisa, que é o que é ser mãe de um caboclo que passa fome. Isso nem o caboclo sabe: o que ela sabe é dela só, diferente do caboclo e diferente do médico que recebe o tal caboclo e a mãe dele no hospital. O médico sabe da fome do cabloco de um outro jeito porque ele já ficou mais longe daquela fome um tanto mais que a mãe e outro tanto bem mais que o caboclo. O jeito que o médico sabe da fome daquele caboclo pode ser mais ou menos só dele ainda, mas isso só se ele p

Protestantes e evangélicos no Brasil

1.      O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões   Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja.  Você sabe qual é? 2.      Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis   nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3.      Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia institucional católica não conseguem [ou não tentam] entender muito o sistema