Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e...
Comments
O mais interessante neste apontamento, é que a meu ver e tranversal a todo o mundo, não é contemporâneo, é atávico.
Boa Semana.
Teresa
foi algum grupo politizado da comunidade? é um nome casual, por causa de uma escola ou outro prédio público na região? é uma ironia macabra da prefeitura?
afinal, quem nomeia uma favela?
Mas sabe? Sou uma crédula, ainda tenho fé nos homens e na essência do espírito que grita, já rouco lá do fundo, por socorro. Num momento sublime, far-se-á ouvir.
Bem-haja.
Teresa