[Claro que os loucos da predileção da literatura são os paranóicos, que nada mais são leitores compulsivos que enxergam chifres em cabeça de cavalo]
Comecei perguntando pelas primeiras palavras da bíblia em hebraico; depois conversei com ele longamente em latim, francês e finalmente inglês. Ele dominava tanto essas línguas como demonstrava conhecimentos profundos sobre história e geografia que em quase nada destoavam do nosso atual saber científico ortodoxo sobre essas matérias. Resolvi então questionar-lhe sobre ciências: sendo ele um extra-terrestre teria que necessariamente demonstrar conhecimentos mais avançados que os nossos e uma base sólida para argumentar sobre eles. “Qual o seu nome?” perguntei de cara. “Eu não tenho nome no seu sentido da palavra. No meu planeta nomes são uma descrição do caráter de cada um, dos méritos e deméritos que conhecemos e mesmo aqueles que ainda não conhecemos. Nossos nomes são uma combinação de sons incompreensíveis ao seu ouvido humano, que pensa que um nome é um aglomerado de sílabas como qualquer outro. Hoje meu nome é um, mas amanhã, quando eu for mais sábio e preparado, terei outro e assim por diante. Venho de um satélite de Júpiter. Vivo em Ganimedes e às vezes em Io.” Não desanimei no meu intento investigativo, pois ainda não me dera por convencido: “A energia existe?” perguntei sem maiores explicações. Ele me olhou sem demonstrar a mínima contrariedade, coisa que me impressionou bastante, e disse: “O homem só pode entender a natureza do mundo pelo estudo da natureza de Deus.”
Comecei perguntando pelas primeiras palavras da bíblia em hebraico; depois conversei com ele longamente em latim, francês e finalmente inglês. Ele dominava tanto essas línguas como demonstrava conhecimentos profundos sobre história e geografia que em quase nada destoavam do nosso atual saber científico ortodoxo sobre essas matérias. Resolvi então questionar-lhe sobre ciências: sendo ele um extra-terrestre teria que necessariamente demonstrar conhecimentos mais avançados que os nossos e uma base sólida para argumentar sobre eles. “Qual o seu nome?” perguntei de cara. “Eu não tenho nome no seu sentido da palavra. No meu planeta nomes são uma descrição do caráter de cada um, dos méritos e deméritos que conhecemos e mesmo aqueles que ainda não conhecemos. Nossos nomes são uma combinação de sons incompreensíveis ao seu ouvido humano, que pensa que um nome é um aglomerado de sílabas como qualquer outro. Hoje meu nome é um, mas amanhã, quando eu for mais sábio e preparado, terei outro e assim por diante. Venho de um satélite de Júpiter. Vivo em Ganimedes e às vezes em Io.” Não desanimei no meu intento investigativo, pois ainda não me dera por convencido: “A energia existe?” perguntei sem maiores explicações. Ele me olhou sem demonstrar a mínima contrariedade, coisa que me impressionou bastante, e disse: “O homem só pode entender a natureza do mundo pelo estudo da natureza de Deus.”
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