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Sobre escritores 6

"One day, out of the blue, the memory of my long dead grandfather comes to me. My eyes grow moist seeing him in the last year of his life limping around the yard on his wooden leg throwing some corn to the chickens. I recall the mutt he had then, and I put him in a poem. There’s even a rusty old truck in the yard. The sun is setting while my grandmother is fussing over the stove and my grandfather is sitting at the kitchen table thinking about the vagaries of his life, the stupidity of the coach of the local soccer team and the smell of bean soup on the stove. I like what I got down on paper so far and fall asleep that night convinced I have a poem in the making.

The next day I’m not so sure. The sunset is too poetic, the depiction of my grandparents is too sentimental, and so much of it has to go. Weeks later—since I can’t stop tinkering with the poem—I arrive at the conclusion that the old dog lying in the yard surrounded by the pecking chickens and the rooster is what I like best. The sun is high in the sky, a cherry tree is in flower, and the grandfather is out of the poem entirely. Typically, I have no idea if there will ever be a poem. Only God knows, and I try not to butt into his business. I strain my ears and stare at the blank page until a word or an image comes to me. Nothing genuine in a poem, or so I have learned the hard way, can be willed. That makes writing poetry an uncertain and often exasperating undertaking. In the meantime, there’s nothing to do but wait. Emily Dickinson looked out her window at the church across the street while waiting; I look out of my window at the early darkness coming over the fields of deep snow."

Trecho de artigo recente de Charles Simic sobre poesia no New York Review of Books

Comments

sabina said…
Lindo.
Tbm achei, Sabina.
Valdecy Alves said…
Nietzsche dizia que o mundo é um imenso pântano e que a arte é a orquídea colorida e bela que nasce no alto da árvore podre.
Digo então que BLOGS DE POESIA SÃO ORQUÍDEAS NO PÂNTANO DA WEB.
Convido a ler poesia da minha autoria, escrita ontem 05/03/2011. Se gostar comente e divulgue:
http://valdecyalves.blogspot.com/2011/03/canto-vida-peregrina.html
Vou conferir, Valdecy.

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