Impressionante também o número de pessoas na internet que são "contra qualquer tipo de censura". Como se toda a censura fosse necessariamente patrocinada pelo governo. Ninguém considera, por exemplo, as restrições econômicas à livre expressão que controlam com mão de ferro o acesso às salas de cinema e à televisão no mundo todo. E há que lembrar também que a auto-censura é um princípio fundamental da vida em comunidade. Se vejo minha vizinha sair de casa e acho o carro dela horrível, tenho que ser capaz de me conter e não dizer nada a ela. Algumas pessoas por aí parece que têm incontinência verbal e depois não querem nem pegar o paninho para limpar a sujeira que fizeram fora do vaso (que aliás, não por acaso, também é conhecido por privada). É meu direito criticar o mal gosto da minha vizinha com na minha vida privada. Aliás, no aconchego do meu vaso e com a porta trancada eu tenho direito de ser racista, machista e escroto. Da porta de casa para fora ou conectado à internet, a coisa obviamente muda de figura. Por favor, lembrem-se do óbvio: facebook ou blogue ou Twitter = meio-da-rua. No meio da rua, fraldas geriátricas verbais não são censura, meus caros: são requisito obrigatório para quem não sabe ainda a diferença entre o banheiro e a sala de visita.
Impressionante também o número de pessoas na internet que são "contra qualquer tipo de censura". Como se toda a censura fosse necessariamente patrocinada pelo governo. Ninguém considera, por exemplo, as restrições econômicas à livre expressão que controlam com mão de ferro o acesso às salas de cinema e à televisão no mundo todo. E há que lembrar também que a auto-censura é um princípio fundamental da vida em comunidade. Se vejo minha vizinha sair de casa e acho o carro dela horrível, tenho que ser capaz de me conter e não dizer nada a ela. Algumas pessoas por aí parece que têm incontinência verbal e depois não querem nem pegar o paninho para limpar a sujeira que fizeram fora do vaso (que aliás, não por acaso, também é conhecido por privada). É meu direito criticar o mal gosto da minha vizinha com na minha vida privada. Aliás, no aconchego do meu vaso e com a porta trancada eu tenho direito de ser racista, machista e escroto. Da porta de casa para fora ou conectado à internet, a coisa obviamente muda de figura. Por favor, lembrem-se do óbvio: facebook ou blogue ou Twitter = meio-da-rua. No meio da rua, fraldas geriátricas verbais não são censura, meus caros: são requisito obrigatório para quem não sabe ainda a diferença entre o banheiro e a sala de visita.
Comments