Provo ainda com um relato resumido da saga da família Ramos:
Tudo começa com a chegada à costa brasileira do Cacique de Ramos, que saiu dos cafundós do sertão para descobrir o mar e assentou seu portentoso clã no piscinão que hoje leva seu ilustre nome. A data de sua chegada ao sul-maravilha comemora-se desde então no famoso domingo de Ramos – que seria feriado nacional se já não fosse no domingo. O venerando Cacique casou-se com Eliana Ramos, modelo anoréxica uruguaia, com quem teve dois filhos: Lílian e Graciliano. Lílian se aproveitou do carnaval para transformar-se na poderosa Condessa de Itamar e teve dois filhos: Nereu, o político artista urubu de presidentes e Nuno, o artista político criador de urubus. Já seu irmão, o infeliz Graciliano, acabou seus dias em desgraça acusado de honestidade ideológica pela primeira visita da grande inquisição ao Brasil, entre 37 e 45. Antes da transferência da soberania nacional de Portugal para a Inglaterra, Nereu casou-se com a estrela erótica Helena e teve dois filhos, Tony e Lázaro – conhecidos como os reis das artes dramáticas pindorâmicas. Outro ramo [permita-me o trocadilho acidental] da família desceu de trem em busca de um sul mais sul e estabeleceu-se em Santa Catarina, em torno da presença frondosa do Governador Celso, meio-irmão do Cacique. Apesar das praias de água fria e infestadas de argentinos, o Governador Celso adaptou-se bem ao clima quase temperado e casou-se com Ofélia Ramos, cozinheira de mão cheia e cabeleira formidável. Juntos Ofélia e o Governador Celso tiveram quatro renomados filhos: Lucy (modelo de novela de renome), Mauro (beque central de renome), Arthur (psicólogo afro de renome) e Saulo (advogado Sarneyzólogo de renome).
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Abraços,
Tata.