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Poesia Americana 4: Claudia Rankine

Claudia Rankine conseguiu elogios de dois partidos da poesia americana que parece que nunca gostam da mesma coisa… O suficiente para atrair a implicância de muitos, o que parece ser sinal de sucesso inescapável no mundinho da poesia. Para mim, sem muita pretensão de dizer muito porque eu tenho muito o que fazer hoje, ela teve uma grande sacada ao escolher não fazer a velha e batida prosa poética mas sim uma coisa que a gente poderia chamar de poesia prosaica.


Um trecho:

“Minha mãe me diz que eu estou só ficando na espera. Ela diz isso com a intenção de me dar um empurrão para eu não ficar na espera. Ela quer que eu leve uma vida legível – uma vida que possa ser lida como algo que vale a pena, como um sucesso. Minha mãe não está preocupada demais com felicidade, a busca, infrutífera ou não, da felicidade. Até onde ela se lembra, só há dor ligada à alegria de dar a luz. Ela se lembra da dor e quer que a dor tenha valido a pena, em nome de uma vida razoável.

Eu observo a boca da minha mãe se movendo e me pergunto: eu tenho muita prisão de ventre? Já vomitei amor ou regurgitei vergonha? Tem alguma coisa errada comigo?”


Trecho de Don't Let Me Be Lonely

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