Imaginem as três instituições mais respeitadas do país [Oxford, Cambridge e Westminster] que formam, cada uma, dois grupos [“companies”] compostos de três estudiosos cada. Cada um desses grupos traduz independentemente um sexto da Bíblia e revisa os outros cinco sextos traduzidos pelos outros grupos. Um grupo final de editores, derivado dos seis grupos originais, faz as seleções finais e edita o livro. Entre Bíblias traduzidas em parte ou no todo em diversas línguas, esses grupos tomam como base três traduções anteriores, mais ou menos recentes, todas em grande parte derivadas das traduções feitas por um certo William Tyndale, que tinha sido executado em 1536 por heresia. O resultado desse trabalho foi a versão da bíblia em lingua inglesa conhecida como King James Bible [o nome do empreitero do projeto, digamos], uma obra que ainda ressoa na boca de qualquer falante de lingua inglesa. Mais sobre o livro que descreve o processo em minúcias aqui.
E hoje em dia é difícil convencer alguém, seja em instituições respeitadas ou empreiteros, que é melhor traduzir em duplas do que individualmente. Aliás, nos Estados Unidos está difícil de convencer o povo a traduzir qualquer coisa de qualquer jeito...
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