O Capital tem um primeiro grande momento quando Marx introduz o conceito de fetiche da mercadoria: " Por exemplo, a forma da madeira é alterada, ao fazer-se dela uma mesa. Contudo, a mesa continua a ser madeira, uma coisa vulgar, material. Mas a partir do momento em que surge como mercadoria, as coisas mudam completamente de figura: transforma-se numa coisa a um tempo palpável e impalpável. Não se limita a ter os pés no chão; face a todas as outras mercadorias, apresenta-se, por assim dizer, de cabeça para baixo, e da sua cabeça de madeira saem caprichos mais fantásticos do que se ela começasse a dançar." [achei essa versão em português aqui ] Essa referência, hoje meio esquisita, a "mesas que dançam", que na tradução inglesa que eu tenho é dada pelo termo "table-turning", é uma fina ironia com a moda das seções espíritas, como a da ilustração acima (Uma excelente fonte online sobre o assunto, de onde aliás tirei a ilustração acima está aqui ). ...